25 abril, 2008

 

25 de Abril


Dia mundial da malária




http://pt.wikipedia.org/wiki/Mal%C3%A1ria

http://www.malaria.org/

http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=342112&tema=37

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Malária regista queda acentuada em Angola

Áreas de risco são Huíla, Cuando-Cubango, Cunene e a capital, Luanda

A malária, uma doença considerada endémica em Angola, registou nos três últimos anos uma redução progressiva em termos de vítimas mortais, tendo em 2007 registado menos 1 850 óbitos do que em 2006.

Apesar da diminuição dos óbitos em 2007, a doença foi detectada pelos serviços de saúde angolanos em 1,831 milhões de pessoas. Destas, morreram por acção do plasmodium, agente causador da doença, 5850, referiu ontem à Lusa o director adjunto do Programa Nacional de Controlo da Malária, Nilton Saraiva.

Os números, apesar de elevados, consubstanciam importante diminuição face a 2006, quando foram registados 2,283 milhões de casos de malária, de que resultaram 7786 mortes, com uma taxa de letalidade a rondar os 0,4%.

Em 2007, as áreas de maior risco - em número de casos e de mortes - foram as de Luanda, capital do país, e Cunene, Huíla, Cuando-Cubango e Namibe, no Sul.

No passado recente, Angola chegou a registar mais de três milhões de casos e, em 2003, atingiu 38 600 óbitos, o valor mais alto do período 1999/2006.

Há três anos que o número de casos e de óbitos decaiu, tendo em 2004 sido registados 2,4 milhões de casos e em 2005 e 2006 notificados 2,3 e 1,7 milhões, respectivamente. Quanto ao número de mortes, em 2004 foram registados 12 459 óbitos e em 2005 e 2006 quantificados 13 768 e 7786 mortos por malária.

Em Angola, onde mais de 80 por cento dos habitantes constituem uma população de alto risco, estão identificadas três espécies de plasmodium envolvidas na transmissão da malária - o plasmodium falciparum 92%, plasmodium vivax com 7% e plasmodium malariae com 1%.

A malária aumenta durante a estação das chuvas, com um pico entre os meses de Janeiro e Maio.

Saraiva considerou que esta evolução se deve sobretudo aos novos fármacos utilizados no combate à doença e ao aumento do número de habitações com redes mosquiteiras.

Segundo aquele responsável, o aumento da distribuição de redes mosquiteiras para grávidas e crianças menores de cinco anos nas classes mais vulneráveis tem estado a "contribuir para a redução de casos de malária (ou paludismo)".

Um dos caminhos encontrados para a redução de casos e de mortes por malária em Angola foi o "controlo integrado do vector" e a "protecção individual", estando para isso a ser automatizadas medidas preventivas, selectivas e duradouras, como a distribuição de mosquiteiros, a luta antivectorial (mosquito) e o tratamento intermitente e preventivo à grávida. LUSA

DN, 17-2-2008
 
Investigadora portuguesa recebe
prémio europeu

A investigadora portuguesa Cristina Rodrigues recebe
sexta-feira, em Paris, um prémio europeu pela sua tese de
doutoramento em Biologia Celular.
Cristina Rodrigues identificou factores do hospedeiro importantes
para a infecção das células do fígado pelo parasita da
malária.
A cientista receberá o "Era-NET PathoGenoMics PhD Award"
na conferência europeia "Genomes 2008", onde terá a oportunidade
de apresentar as conclusões da investigação, desenvolvida
na Unidade de Malária do Instituto de Medicina Molecular
da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
"O conhecimento da biologia básica das interacções entre o
hospedeiro e o parasita é essencial para o desenvolvimento
de abordagens profilácticas e o tratamento da doença através
do bloqueio de factores que o parasita necessite para
infectar", afirmou a investigadora ao ser questionada sobre
as implicações do trabalho a nível terapêutico.
Na conferência "Genomes 2008" participam investigadores
que em todo o mundo se dedicam ao estudo de microrganismos
patogénicos e aproveitam a ocasião para partilhar e discutir
os seus trabalhos nessa área.
"Este prémio é muito importante para mim porque reflecte a
apreciação do trabalho que realizámos pela comunidade
científica internacional", afirmou Cristina Rodrigues.
O prémio, no valor de dois mil euros, é atribuído por um júri
de três cientistas de topo na área dos microrganismos patogénicos
e destina-se a distinguir, todos os anos, as três
melhores teses de doutoramento publicadas na Europa.

RRP, 7-4-2008
 
Portugueses descobrem nova prevenção da malária

FILOMENA NAVES

Grupo de Maria Mota, do Instituto de Medicina Molecular, e investigadores da jovem empresa portuguesa de biotecnologia Alfama descobriram um ovo de Colombo: uma substância da soja inibe a propagação da infecção do parasita da malária no fígado, em ratinhos. Falta fazer ensaios de campo

Soja é barata, simples de ingerir e não é tóxica

A ideia é de uma enorme simplicidade e surgiu em conversa, quando o grupo de Maria Mota, do Instituto de Medicina Molecular (IMM), e outros investigadores da jovem empresa de biotecnologia Alfama preparavam a submissão de uma patente. Decidiram então testar a ideia em ratos e, para sua surpresa, a hipótese funcionou. Com isso, descobriram uma nova estratégia, "simples e barata", de profilaxia contra a malária, utilizando uma substância chamada genisteína, que existe na soja e que pode ser utilizada como suplemento alimentar sem risco de toxicidade.

A descoberta, que é publicada hoje na prestigiada revista PLos ONE, é também o ponto de partida para novos estudos. "O próximo passo é fazer ensaios de campo, em colaboração com o Centro de Investigação em Saúde de Manhiça, perto de Maputo", adiantou ao DN Maria Mota, sublinhando que ainda não há uma data concreta. "Primeiro precisamos de angariar fundos, em colaboração com a Alfama, e é nessa fase que estamos agora."

Em 2003, o grupo de Maria Mota descobriu que uma determinada molécula da família das quinases, que existe nas células do fígado do hospedeiro, é importante para o desenvolvimento do parasita da malária, (o plasmodium falciparum), nessas células. Por outro lado, sabia-se que aquela família de moléculas é inibida pela genisteína, da soja. "Lembrámo-nos de juntar as duas coisas e decidimos ver o que dava", conta Maria Mota. Os resultados mostram que a genisteína inibe de facto a fase de infecção nas células do fígado, "com uma eficácia entre 50 e 80%", adianta a investigadora do IMM, notando que "a administração profiláctica como suplemento alimentar a populações de regiões onde a malária é endémica pode ter um grande impacto na saúde dessas populações".

Para Arantes Oliveira, líder da Alfama, "este tipo de estudo, e o apoio que lhe damos, é um exemplo de como doenças que afectam sobretudo populações pobres podem ter interesse para a indústria".

DN, 16-7-2008
 
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