09 maio, 2008

 

8 de Maio


60 anos do estado de Israel


http://pt.wikipedia.org/wiki/Israel


http://www.gov.il/firstgov/english

http://www.goisrael.com/tourism_eng

http://www.ynetnews.com/articles/0,7340,L-3284752,00.html

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O mais justo de todos os justos

"O meu nome é 174 517; fomos baptizados, guardaremos até à morte a marca tatuada no braço esquerdo." O resto pode ler-se no livro de Primo Levi Se Isto É Um Homem - ou, entre tantos outros títulos que retrataram os campos de extermínio nazis, em A Centelha da Vida, de Erich-Maria Remarque. Antes de se conhecerem bem os contornos do Holocausto já alguns espíritos de coragem evitavam a morte a centenas de milhares de prévios condenados. E, apesar da fama que o filme de Spielberg deu a Oskar Schindler, o maior símbolo dessa acção foi o diplomata sueco Raoul Wallenberg, que protegeu entre 20 mil e 100 mil judeus na Hungria - Aristides de Sousa Mendes emitiu uns 30 mil vistos, abrangendo cerca de dez mil refugiados de religião judaica - e, depois, entre tantas homenagens, tem o seu nome na rua de Washington onde fica o Museu Memorial do Holocausto dos EUA. Preso pelos russos em 1945, tendo morrido presumivelmente nas masmorras de Estaline, só após a perestroika é que os documentos pessoais do mais justo dos "justos das nações do mundo" (como são designados, pelo Museu e Memorial do Holocausto Yad Vashem, de Israel, os 20 mil não judeus que salvaram do nazismo os condenados com a estrela de David) foram devolvidos à família, que agora disponibiliza uma parte em três CD. E consultando o seu diário percebe-se melhor como é que Raoul Wallenberg passava os "passaportes de protecção", juridicamente inválidos mas que iludiam autoridades húngaras e nazis, e confirmar, pela agenda telefónica, que ele terá negociado com Eichmann a anulação de muitas deportações. Os que não tiveram Wallenbergs preocupados com o seu sinistro destino, na melhor das hipóteses puderam contar o que viram e viveram. E, na mais benigna das hipóteses, faziam relatos como os do romance de Saul Bellow A Organização Bellarosa: "Alguns campos eram governados num estilo burlesco que nos forçava a estabelecer estas relações [com Jarre e o Rei Ubu, o absurdismo, o movimento dadá, o surrealismo]. Os prisioneiros eram mandados, nus, para um pântano e obrigados a coaxar e a saltar como rãs; crianças eram enforcadas já mortas de fome; trabalhadores escravos, enregelados, eram mandados alinhar em frente do patíbulo, enquanto uma orquestra da prisão tocava valsas de operetas vienenses."

DN, 3-5-2008
 
Israel comemora 60 anos como Estado. A sua criação ocorreu em 1948, após a vitória dos Aliados na II Guerra Mundial e em consequência dela. Foi, de algum modo, a recompensa feita pela Europa democrática a um povo - os judeus - martirizado e vítima do Holocausto, organizado com requintes de inesquecível malvadez, e tendo em vista eliminá-los, como povo. Não o conseguiram, felizmente, apesar de todos os sofrimentos irreparáveis que causaram.

Tratando-se de um povo historicamente perseguido pela intolerância dos cristãos e dos islâmicos, sempre simpatizei com os judeus, que tanto ajudaram à consolidação e expansão de Portugal e que, depois, foram expulsos, mortos, ou convertidos à força em "cristãos- -novos", no tempo de D. Manuel I, em 1496. Depois veio o fanático D. João III, cujo cognome foi o Piedoso, talvez por ter criado a Inquisição e autorizado os autos-de-fé, de má memória. Aliás, a intolerância religiosa contra os judeus, que se prolongou em Portugal e em Espanha, praticamente até ao liberalismo, foi uma das principais causas da "decadência dos povos peninsulares", como demonstrou numa das célebres Conferências do Casino o grande Antero de Quental.

Hoje, continua a haver quem pense que o "choque das civilizações" - ou das religiões, que as influenciam - é inevitável. É uma concepção malthusiana da história, destrutiva do humanismo, para mim, inaceitável. Deve-se- -lhe opor a Aliança das Civilizações, dinamizada pelo conhecimento recíproco do outro, pe-lo respeito pelo que é diferente, e pelo diálogo, na igualdade.

É, por isso, que penso, como amigo do povo judaico - que ao longo da minha vida política sempre demonstrei ser -, que Israel não se deve defender contra o terrorismo recorrendo a uma espécie de terrorismo de Estado ou cedendo à tentação do "olho por olho, dente por dente". É um caminho extremamente perigoso - como tantos judeus reconhecem - e que no limite poderá vir a pôr em risco a própria existência do Estado de Israel. O que representaria um recuo civilizacional e geopolítico inaceitável.

Mario Soares

DN, 5-5-2008
 
O PAÍS 'KAMIKAZE'

Fernanda Câncio
jornalista
fernanda.m.cancio@dn.pt

O que é ser judeu? "Essa é uma questão metafísica. Qualquer ser humano que seja maluco o suficiente para se chamar judeu é um judeu." E Israel, o que é? "Para mim, representa uma data: 29 de Novembro de 1947, quando as Nações Unidas decidiram dividir a terra entre israelitas e árabes. Só havia um rádio na zona [Jerusalém]. Eram duas da manhã e estavam 2000 pessoas na rua para ouvir a transmissão, em silêncio. Devia ter visto a alegria. Não era o Carnaval do Rio. As pessoas choravam como crianças. As lojas abriram-se, distribuíram-se bebidas. Às quatro da manhã, o meu pai meteu-me na cama e deitou-se ao meu lado. Percebi que ele estava a chorar. E disse-me: 'Filho, quando tinha a tua idade, na Rússia, apanhava na escola por ser judeu. E o meu pai, e o meu avô. Tu podes apanhar na escola, mas não por seres judeu.' Até hoje, estas palavras são para mim a raison d'être de Israel."

O judeu israelita do parágrafo acima é o escritor Amos Oz. A conversa teve lugar 1992, na cave cheia de livros da sua casa de Arad. Oz disse-me muito mais - sobre Israel ("Grandes esperanças é a alcunha do Estado de Israel") - , sobre os palestinianos ("O primeiro passo é reconhecer que o outro é quem ele pensa que é. É irrelevante dizer que os palestinianos não eram uma nação há 100 anos. Não eram. Ou que foi Israel que os fez pensar em si próprios como tal. Não vamos pedir-lhes direitos de autor") e sobre o que pensava dever ser feito ("Os colonatos não deviam nunca ter sido construídos. E devem parar agora. No caso de Gaza, se eu fosse o 1.º-ministro de Israel, saía já de lá e entregava a zona à ONU. Não temos nada que fazer ali" ).

Muito aconteceu desde essa conversa: o governo de Israel falou com Arafat (em 1992 isso ainda não sucedera); Rabin foi eleito; Rabin foi assassinado (1995); Barak fez (em 2000) a melhor de todas as propostas até agora feitas a Arafat e ele recusou; Arafat morreu; o Hamas tomou conta de Gaza; aconteceu a Al-Qaeda e o 11 de Setembro. E Israel fez 60 anos - ontem. Está tudo diferente mas está, mais ou menos, tudo na mesma.

Nunca mais voltei a Israel - porque não se proporcionou, mas também porque me deixou o travo de um dos lugares mais amargos da terra, pela sua confluência de ódios e proclamações de direito divino, um lugar preso de uma esquizofrenia talvez incurável, dividido entre a sua condição de refúgio dos excluídos e de nação guerreira. Este lugar fundado para que os judeus possam apanhar na escola por tudo menos por serem judeus, este lugar fundado para que os judeus pudessem enfim ter paz é um lugar feroz. Entrincheirado na determinação de nunca (mais) ser humilhado, de nunca (mais) perder, é um país kamikaze. Tão bem definido no gesto do soldado adolescente que, na viagem de autocarro entre Jerusalém e Arad, se sentou ao meu lado e pousou a metralhadora sobre as nossas pernas, as minhas e as dele, sem um pedido de licença ou de desculpa. Um gesto que diz: estás aqui, e seja qual for a tua opinião fazes parte disto; mas também um gesto que diz: seja qual for a tua opinião, estou aqui para te defender e morrer por ti - e contigo. Um país insolente e selvagem, sim, mas magnífico. Brutal - mas com um Amos Oz. Tão bipolar que faz bipolar do nosso olhar.

DN, 9-5-2008
 
60 anos da fundação de Israel
Terra de Paradoxos

Na semana em que se assinalam as seis décadas da
existência de Israel, o Página 1 inicia a publicação de
um conjunto de artigos sobre um dos países mais polémicos
do mundo.

» Filipe d’Avillez

Israel é considerada a única democracia plena no Médio
Oriente, mas a população árabe sente-se descriminada e não se associa aos judeus nas celebrações destes dias.
Cerca de dois milhões de turistas visitam Israel todos os anos, atraídos por locais sagrados e por uma cultura rica, variada e complexa. Mas Israel é também uma
terra de contradições e paradoxos, difíceis de imaginar em outros países.
O problema começa com a própria defi nição de Israel como um Estado Judeu, o que leva um quinto da sua população a sentir-se marginalizado. O dia que os
Judeus assinalam como sendo da independência tem outro nome entre a maior parte da comunidade árabe,
seja muçulmana ou cristã: Naqba, ou seja, catástrofe.
Ao fi m de 60 anos, e depois de muitos árabes terem sido excluídos das suas terras e aldeias à força, muitos continuam a sentir revolta pela forma como são tratados. A situação piora consoante as relações entre Israel e a Palestina, país e povo com que os árabes se identifi cam, se agudizam.

O peso do exército

Quando o exército israelita se prepara para a guerra, uma realidade sempre presente para o jovem Estado, os militares levam em conta a possível revolta da população árabe.
O mesmo exército é uma passagem obrigatória para qualquer judeu, homem ou mulher, a partir dos 18
anos. Cidadãos árabes estão, contudo, isentos desta regra, o que diz muito, quer da sua vontade em combater os palestinianos quer da confi ança que o Ministério
da Defesa Israelita deposita neste sector da população.
O serviço militar é um requisito essencial para a obtenção de empregos em sectores chave e para ter direito a certos benefícios de segurança social.

O muro

A construção de um gigantesco muro de betão ao longo da fronteira tem sido um sucesso para manter potenciais terroristas fora do país, mas também leva à separação
de famílias inteiras de árabes.
Quando o Estado realoja nas suas antigas terras judeus recém-chegados de vários pontos do mundo, os árabes sentem difi culdades em sentir-se cidadãos de primeira.
O facto de 76% dos judeus considerar que os árabes devem
ser “transferidos” para fora do país quando houver um Estado palestiniano funcional, não ajuda.
O grande paradoxo, contudo, é que os árabes que se sentem discriminados “gozam de maior liberdade e direitos do que qualquer árabe nos países circundantes”, nas palavras de Mark Ragev, porta-voz do Primeiro-ministro Olmert. São considerados iguais perante a lei, o árabe é uma língua ofi cial, são representados por partidos árabes no parlamento e têm acesso ao sistema legal, que muitos estão agora a utilizar para tentar
reaver as suas terras.

RRP1, 9-5-2008
 
Terra de Diversidade

Filipe d’Avillez

Judeus contra Israel, samaritanos em perigo de extinção e cristãos de diversas confi ssões contribuem
para uma diversidade rica mas complexa na Terra Santa.
Se entre os muçulmanos encontramos dois grandes grupos – xiitas e sunitas –, entre os cristãos há meia dúzia de confi ssões diferentes.
Católicos, ortodoxos gregos, arménios, Siríacos, coptas, Etíopes e protestantes.
As tensões entre estas comunidades são conhecidas, mas vão passando para segundo plano à medida que a população cristã diminui
drasticamente em toda a Terra Santa.
A noção de Israel como pátria de todos os judeus, com “direito de retorno” assegurado a qualquer pessoa que consiga provar ser judia, fez aumentar a população a partir da independência, com
membros de todo o mundo a rumar à Terra Prometida.
Os primeiros a vir em grande número foram os Ashkenazi, judeus da Europa central e oriental, muitos dos quais fugidos ou sobreviventes do holocausto. A estes se juntaram a maioria dos judeus dos países árabes e
muçulmanos, que se viram numa posição complicada com a crescente hostilidade entre Israel e os vizinhos.
Cerca de 700 mil dos Judeus em Israel são sefarditas, oriundos essencialmente do Norte de África e de alguns países europeus. Esta comunidade tem a origem na Península Ibérica, sendo descendente dos Judeus expulsos
de Portugal e Espanha no século XV.
Caso curioso é o dos Judeus da Etiópia.
Descendentes de uma comunidade muito antiga, com a sua origem no Rei Salomão, segundo a tradição, na sua grande maioria foram resgatados nos anos 80 numa das
grandes operações militares de Israel.
Talvez a comunidade mais surpreendente seja a dos ultra-ortodoxos Haredim que se opõem ao Estado de Israel. Para estes fi éis, a independência de Israel antes da chegada do Messias é uma blasfémia. Chegam a atacar militares israelitas ou cidadãos isolados com bandeiras do país.
Finalmente, os Samaritanos, muito conhecidos pelas referências feitas no Novo Testamento, que sublinham sempre a animosidade entre estes e os Judeus. A rivalidade mantém-se, mas os cerca de 700 samaritanos que ainda existem estão hoje mais preocupados em garantir um futuro para a sua população decrescente.

RRP1, 12-5-2008
 
Terra Prometida

Filipe d’Avillez

A 4 de Julho de 1976 as forças especiais israelitas levaram a cabo uma operação que ajudaria
a cimentar a sua reputação. No aeroporto de Entebbe, no Uganda, estava um avião da Air France, desviado durante a sua viagem entre
Israel e Paris com mais de cem reféns (83 judeus) de diversas nacionalidades, a bordo.
Os terroristas exigiam a libertação de vários presos, ameaçando matar os reféns.
Noite cerrada, um C-130 israelita aterrou no aeroporto, carregando a bordo um Mercedes idêntico ao do
ditador ugandês Idi Amin. O veículo tinha sido emprestado
por um civil e pintado de preto. Dentro do carro os comandos avançaram até ao terminal, dando a
impressão que transportavam Amin.
Os comandos entraram no terminal gritando “baixemse” em hebraico e inglês. Em poucos minutos todos os
terroristas e três reféns estavam mortos. Os sobreviventes foram todos removidos para os quatro C-130 que se encontravam à espera. No tiroteio que se seguiu morreu um comando israelita e 45 soldados ugandeses.
A operação levou um total de 30 minutos. Quando Idi Amin foi informado do sucedido mandou estrangular uma refém judia que tinha sido levada para um hospital
local.

Operação Salomão

Em 1991 a capital da Etiópia, Addis Abeba, estava prestes a cair às mãos de rebeldes. Na cidade encontravamse cerca de 15 mil judeus etíopes, descendentes do
Rei Salomão. Estes tinham ido para a capital há muitos anos com a promessa de um rápido transporte para Israel, mas o governo etíope impediu as viagens, usando os judeus como moeda de troca para pressionar Israel a ceder-lhe armas para a guerra civil. Perante o colapso iminente do regime, o seu futuro era incerto.
Foi neste contexto que o governo aprovou a Operação Salomão, concedendo à El-Al, companhia de aviação israelita, uma autorização especial para voar no Sábado.
Durante 36 horas cerca de 34 aviões, muitos dos quais com os bancos retirados para poder levar mais gente, efectuaram voos secretos e incessantes entre Tel Aviv e Addis Abeba e a comunidade foi resgatada em massa.
Num dos últimos voos, levado a cabo horas antes do aeroporto ser ocupado pelos rebeldes, 1122 pessoas partiram abordo de um Boeing 747, duplicando o anterior
recorde. Dois bebés nasceram na viagem.

RRP1,13-5-2008
 
Paz e prosperidade como nos tempos bíblicos

Uma entrevista com o embaixador de Israel em Portugal, Aaron Ram.

Filipe d’Avillez

Entrevistado pela Renascença, na passagem do 60º aniversário
da fundação de Israel, o embaixador israelita em Portugal fala da realidade do seu país, de uma vida inteira marcada por guerras e de um futuro que imagina
de prosperidade, “como nos tempos bíblicos”.
“Os Judeus sonharam com Israel, com Sião, durante dois mil anos. Fazia parte das nossas orações, era parte integrante da nossa vida” – é deste modo que o embaixador Aaron Ram resume o sentimento do seu povo pelo país.
O Estado de Israel celebrou a semana passada o seu 60º aniversário, segundo o calendário hebraico, mas a Declaração de Independência deu-se, de acordo com o calendário gregoriano, no dia 14 de Maio de 1948.
Aaron Ram tem a mesma idade do país que representa.
A diferença, esclarece, “é que Israel ainda é jovem”.
Essas seis décadas têm sido vividas, contudo, sob o espectro
omnipresente do confl ito.
“Desde miúdo que me lembro de guerras. Falávamos da guerra com os nossos vizinhos” afi rma o embaixador.
O confl ito e a ameaça eram, e são, realidades sempre presentes na vida dos israelitas: “Ainda hoje somos o único Estado do
mundo que é ameaçado com a aniquilação.”
Neste cenário, é a força que
mantém Israel de pé, garante
Aaron Ram: “Não me refi ro
só à força militar, a sociedade
é que tem de ser forte”.
Ainda assim o diplomata tenta desdramatizar: “Estive lá na Páscoa e não se dá por nada, quando se passeia pelas ruas de Jerusalém, quando se vai a restaurantes, com amigos… Estive em Haifa, em Tel Aviv… A vida corre
normalmente.”
Esta não é, todavia, a imagem transmitida pela cobertura
jornalística, garante o diplomata, que só se preocupa com o aspecto político e dos confl itos: “Não me
parece que através do prisma político se consiga compreender
a sociedade israelita. O que se percebe é que é um país livre, onde qualquer jornalista pode entrar e trabalhar, fazendo as perguntas que quiser”, defende,
numa alusão velada ao facto de Israel ser considerado a única democracia no Médio Oriente.

Oh, Jerusalém!

O Página 1 tentou ainda saber qual é a sensibilidade israelita face à possibilidade de Jerusalém passar a seruma cidade sob administração internacional ou uma capital partilhada entre dois estados. A resposta não podia ser mais clara: “Jerusalém é, inequivocamente, a capital de Israel, como foi a capital para os Judeus há dois mil e há três mil anos.”
A condição de Jerusalém como cidade sagrada também para cristãos e muçulmanos não é indiferente ao embaixador:
“Nós garantimos a liberdade de culto para qualquer credo em Jerusalém. Antes de libertarmos a
cidade, em 67, os judeus é que não tinham o direito de rezar junto ao Muro das Lamentações.”
A situação dos palestinianos, há décadas sem um Estado viável, preocupa Aaron Ram, mas o representante israelita em Lisboa diz ser preciso mais do que sentimentos para resolver o problema: “Eu também tenho
sentimentos pelos palestinianos, a sério, não gosto de ver a miséria nessas áreas, mas é preciso resolver o problema. Não basta termos pena.”
Para o embaixador israelita o futuro será melhor que o presente. “Daqui a 60 anos vejo um Israel próspero, como era nos tempos bíblicos. Imagino um país em paz numa região com enorme potencial”.

RRP1, 14-5-2008
 
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