05 maio, 2008

 

Demografia


portuguesa




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O definhamento que as estatísticas mostram

As estatísticas da população portuguesa em 2006 prolongam as tendências comportamentais de longo prazo. Há menos nascimentos, menos mortes, menos casamentos, mais divórcios. O défice demográfico aumenta. Em vez de 2,1 nascimentos por cada mulher, valor mínimo que mantém a prazo o volume de população, houve somente 1,36 nascimentos (menos 57 377 do que seria necessário e menos 3950 do que em 2005).

No entanto, a população residente cresceu bastante mais do que o magro saldo positivo entre nascimentos e mortes (3459), mesmo que abaixo do valor de equilíbrio demográfico desejado. Os 26 044 residentes a mais resultam do saldo entre imigrantes e emigrantes. Assim, nove de cada dez pessoas a mais no país vieram das mais diversas partidas do mundo, para as quais Portugal constitui uma terra de oportunidades e melhoria de vida.

Já em Portugal, o nascimento do primeiro filho dá-se sempre mais tarde, ano após ano, e mais do que um descendente leva a verdadeiros exercícios de contorcionismo orçamental doméstico. O investimento em infra-estruturas sociais de apoio à infância, a ajuda material às famílias mais carenciadas e numerosas e a integração sem falhas dos trabalhadores imigrantes e suas famílias são necessidades incontroversas, face a estes números. É um esforço continuado, que levará anos a dar frutos. Para estancar o definhamento populacional, inconsciente, mas real, do povo português.

DN, 26-2-2008
 
Uma aldeia perdida com um único morador

Manuel Pontes tem 68 anos e há quase quatro que é o único habitante de Cabrum - umas das povoações da freguesia de Calde, no concelho de Viseu -, onde só chega quem conhece bem o local. Depois de uma primeira placa a indicar o caminho, os visitantes ficam por sua conta: encontra-se primeiro uma estrada florestal, depois uma picada. A seguir desce-se o vale e cerca de dois quilómetros depois começa a avistar-se um pequeno aglomerado de casas, onde desponta uma capela.

Ao todo, a povoação tem 18 pequenas moradias, algumas já em ruínas, mas só uma é habitada. A antena parabólica identifica a casa de Manuel Pontes, que aos poucos viu os outros habitantes de Cabrum irem partindo. "Uns emigraram, outros foram morrendo e o meu último colega foi para um lar." Manuel Pontes garante que já se habituou a morar sozinho e não tem qualquer receio, nem sequer dos ladrões. "Estive uns anos no Ultramar e sei defender-me", diz.Teme apenas "ser apanhado por uma trombose e nem sequer ter tempo de pedir ajuda através do telefone fixo ou do telemóvel".

De resto, vive despreocupado entre as belíssimas paisagens de uma aldeia, onde corre uma ribeira e se ouve apenas um cão, que tem junto a um barracão e que, além de lhe fazer companhia, "dá sinal sempre que alguém se aproxima". As visitas são raras. "De vez em quando vem cá o meu filho, um solteirão de 40 anos, que está emigrado na Suíça", conta.

"Quem cá vem mais vezes é o presidente da junta de Calde", com quem também mantém um contacto quase diário através do telemóvel.

"Vivo num buraco, mas tenho duas televisões em casa. Vejo todos os dias os telejornais", refere."Também tenho luz, água e máquina de lavar roupa", acrescenta. Durante o dia entretém-se a tratar das suas cabras, para além de "ir semeando alguns miminhos". "Tenho sempre o que fazer. Também sou eu que cozinho", conta.

Para ocupar o resto do tempo, passeia a pé. Conhece todos os atalhos até Calde (a cerca de três quilómetros), onde vai com frequência. "Vou lá, a pé, pelo menos todos os domingos para ir à missa. Tenho a chave para ir à capela daqui, mas não é a mesma coisa", alega. A pé vai ainda com regularidade à aldeia de Água D'Alte, no vizinho concelho de Castro Daire. Faz quase quatro quilómetros para visitar a irmã e fazer compras na mercearia. O reformado revela ainda que não bebe álcool há mais de 15 anos.

MARIA CRISTINA MARQUES, Jornalista da agência Lusa

DN, 20-4-2008
 
Ficar até ao fim em aldeias povoadas de silêncio

SANDRA BENTO, AMADEU ARAÚJO, CATARINA CANOTILHO e PAULA CARMO

Desertificação. Não há pior castigo do que ver os outros partirem e ficar sozinho. "O silêncio mói-nos a cabeça", desabafa um dos últimos habitantes das aldeias-fantasmas do interior do País. As florestas de eucalipto são os novos inquilinos das povoações perdidas no meio das serras
No Nordeste transmontano, na serra do Caramulo ou em Miranda do Corvo, milhares de habitantes deixaram os campos de cultivo e partiram para as cidades ou para o estrangeiro à procura de trabalho. Ficaram os mais velhos a tomar conta de aldeias inteiras, que ao longo de décadas foram sendo engolidas pela vegetação e pelas florestas de eucaliptos que hoje alimentam as fábricas de papel. As povoações do interior do País estão condenadas. Por enquanto, a sua história vai sobrevivendo nas memórias dos últimos habitantes, que teimam em ficar até ao fim. Sem força para cultivar a terra e sem interesse dos responsáveis políticos pela sua substituição.

Lanção

Uma faixa de alcatrão esburacada é o único caminho para chegar a Lanção, a última aldeia da freguesia de Sortes. É um beco sem saída. Não há mais estradas a ligar esta povoação de Bragança que hoje tem apenas 30 habitantes. As ruas estão desertas e as casas vazias porque entre os mais de 100 moradores que a localidade já teve "uns morreram, outros foram para o estrangeiro e os restantes estão na cidade a trabalhar", conta Manuel Capela, resumindo assim a história de grande parte das aldeias do Nordeste transmontano.

A maioria da população de Lanção tem mais de 70 anos e o habitante mais velho é "um pastor de 95 anos", explica Abílio Rodrigues, de 85 anos. A aldeia não tem crianças e, por isso, a escola foi em 1993 reconvertida em café central, um dos poucos lugares de convívio da povoação. "Aqui não existe um lar ou centro de dia, por isso encostamo-nos aos muros para ver passar o tempo", desabafa António Alves.

Ainda há quem tenha forças para trabalhar no campo, mas só para cultivar "umas batatitas para comer". E é por isso que os vendedores ambulantes fazem aqui boa parte do seu negócio. Trazem pão, peixe, carne e mercearias para abastecer uma povoação que "raramente vai à cidade", assegura Gualter Augusto, um emigrante em França que com frequência visita a sua aldeia .

Lugar do Boi

No meio da serra do Caramulo, no concelho de Tondela, surge o Lugar do Boi, uma aldeia sem um único habitante. O último morador deixou a povoação em Dezembro de 2006. Arménio Rodrigues, de 72 anos, não aguentou a solidão de ter uma povoação inteira só para ele e partiu para outra freguesia. Maria Magna e Horácio Pereira deixaram a localidade um mês antes para recomeçarem a vida em Cortes, a poucos quilómetros dali.

"Eu e o meu marido fomos embora uns dias depois de o meu irmão morrer num acidente de tractor", conta a pensionista de 69 anos. Horácio, entretido no apascento das cabras, acena com a cabeça. "Que estávamos lá a fazer a viver sozinhos? O silêncio mói-nos a cabeça", desabafa abrindo um sorriso angustiado. Mudaram-se então para Cortes onde, ao menos, têm a companhia de outros nove moradores.

E o Lugar do Boi, que já pertenceu a dezena de moradores, tornou-se numa aldeia-fantasma, com estradas alcatroadas, electricidade e até um chafariz, inaugurado em 1987, que ainda jorra água. À volta, na serra do Caramulo, ainda é a lavoura e o gado que sustenta quem por lá teima em viver. Mas são cada vez menos os campos de cultivo que, ao longo dos últimos 20 anos, foram engolidos pela voragem do eucaliptal que cobre encostas completas.

Ao lado está a sede de freguesia - Mosteirinho. Uma das muitas aldeias com meia dúzia de casas. E quem refere o Mosteirinho tem também de mencionar Freimoninho, Fráguas, Daires, Teixo, Dornas, Almofala, Malhapão de Cima, Malhapão de Baixo, etc. Aldeias que qualquer dia caem no esquecimento porque cada vez mais cedo os habitantes abandonam as origens e partem à procura de emprego em Águeda ou em Oliveira de Frades, os concelhos mais próximos.

Casal de Santa Maria

Os telhados caíram e as vigas de madeira apodreceram. Só as paredes de pedra estão intactas, mas o mato tomou conta delas. Sem pedir licença, a vegetação invadiu as ruínas de Casal de Santa Maria, aldeia anexa da freguesia do Telhado que fica a cerca de dez quilómetros do Fundão e já teve mais de 80 habitantes.

Agora mais não é do que um lugar perto do fim do mundo. Ali não há água canalizada, nem saneamento básico. Não há mercearia. O padeiro e o carteiro não passam por lá e o padre deixou de ir rezar missa à capela. Já foram poucos os que, há dez anos, viram erguer os postes da electricidade e menos ainda os que aproveitaram a linha de telefone.

Só o senhor Garraio o fez. Ele sempre acreditou que a civilização haveria de chegar. Há cerca de um ano, os filhos levaram-no com eles. Não viu o alcatrão que se aproxima. Atentos estão Horácio Pereira, 56 anos, e Maria do Carmo, 67 anos. Só o casal resta na aldeia.

Confessam que nunca pensaram que o caminho fosse arranjado. "Está a ser. Mas já não vale de muito. Aqui não passa ninguém. Quando quiser comprar o pão ou precisar de ir ao hospital vou continuar a ter de ir a pé. São 45 minutos até ao Telhado", diz Horácio Pereira, enquanto enrola um cigarro. "É a minha companhia", justifica. Maria do Carmo distraís-se com a televisão que lhes foi oferecida. Tem também a horta e as ovelhas. São as únicas fontes de subsistência do casal. "O meu sangue está nesta terra. Pode ter-se perdido tudo, mas eu não perdi a vontade de estar aqui", conta Horácio.

Fervenças

"Na Primavera só ouvimos os passarinhos, mas todo o ano temos o céu aberto na nossa cabeça." Cecília assim o diz, enquanto engrossa a voz para se sobrepor ao barulho da chuva que cai em barda. Água que tonifica as hortaliças que Cecília e o marido plantam "para ter comida mais saudável". Encaixada numa encosta varrida pelo fogo de há três anos, a aldeia de Fervenças, no concelho de Miranda do Corvo, foi ficando, nas últimas décadas, sem a cor dos seus habitantes que se dedicavam à agricultura. Resta um casal, Cecília e Valdemiro. E também Joaquim Calhau, antigo dirigente sindical, que optou por viver longe do bulício citadino.

Há muito que a romaria de São Miguel não passa pela capela da aldeia, mas Cecília, de 52 anos, vai todas as semanas à igreja limpar os ninhos dos pássaros que entram por duas frestas. O marido, Valdemiro, de 58 anos, lembra-se de "ir com as outras crianças a pé por um carreirito até à escola". À época crescia em redor do casario, milho, feijão, tremoço, trigo. Hoje, em lugar de gente e cultivo, há choupos e eucaliptos.

DN, 21-4-2008
 
Uma em cada dez crianças que nasceram em Portugal em 2007 tem mãe estrangeira. Foram quase dez mil. Mas, mesmo assim, foi um ano demográfico terrível. Morreram mais portugueses do que aqueles que nasceram, algo que não acontecia desde 1918, o último ano da Primeira Guerra Mundial, uma época marcada pela epidemia de gripe pneumónica. Ou seja, o saldo natural foi negativo, o que quer dizer que sem a entrada de imigrantes teríamos diminuído de população.

São simples estatísticas, mas revelam uma realidade indesmentível. Ou os portugueses alteram radicalmente a sua perspectiva de vida e passam a ter cada casal pelo menos dois filhos (já agora, o Estado poderia melhorar os incentivos à natalidade) ou a necessidade de aceitar novos imigrantes vai acentuar-se. O País precisa deles e, como se vê pelos dados de 2007, cada vez mais dos filhos deles, destinados a serem novos portugueses. Não é uma opção política, é pragmatismo.

DN, 30-5-2008
 
Imigrantes dão à luz 27 bebés por dia

CÉU NEVES
LEONARDO NEGRÃO

As mães estrangeiras contribuem cada vez mais para o crescimento da população portuguesa. Tiveram 9877 crianças em 2007, o que, feitas as contas, totaliza 27 nascimentos por dia e representa 9,6% dos recém-nascidos no País e mais 2197 nascimentos do que em 2006. Mas, mesmo assim, não conseguiram impedir que Portugal registasse um saldo natural negativo, que não se verificava desde 1918, ano em que a gripe pneumónica dizimou a população portuguesa.

Portugal está entre os dez países da União Europeia que registaram um saldo natural negativo em 2007, a maioria dos quais localizados no leste da Europa. As portuguesas têm cada vez menos filhos, numa descida acentuada desde 1960, ano em que a média por mulher em idade fértil era de 3,1 crianças. Foi este índice que estabilizou a população, apesar dos níveis elevados da emigração que se registaram até 1974.

Entre 2002 e 2007 verificou-se um peso crescente de recém-nascidos de nacionalidade estrangeira, quase que duplicando a sua importância no número de nados vivos no País.

Mas o contributo dos imigrantes não se limita ao número de filhos que têm, uma taxa de natalidade mais elevada do que entre a população portuguesa. São, também, eles que fazem com que o número de residentes tenha aumentado 18 480 face a 2006, embora se tenha registado um abrandamento do crescimento migratório no ano passado. Imigraram 19 500 estrangeiros, muitos dos quais no âmbito do reagrupamento familiar.

Nascem cada vez menos crianças e com mães cada vez mais tardias. Desde 1982 que não se faz a renovação da população nascida em Portugal, ano em que média da idade das mães que tiveram o primeiro filho registou o valor mais baixo, 23 anos.

Menos casamentos

A verdade é que os portugueses também adiam a idade de constituir família, pelo menos em termos formais. Registaram-se 46 329 casamentos em 2007, menos 1 529 do que no ano anterior, na sua maioria pelo civil (24 317). As idades dos noivos também tem vindo aumentar, sendo agora de 27,8 anos para o sexo feminino e de 29,5 para o sexo masculino.

É nos distritos de Setúbal e de Lisboa que as pessoas se casam mais tarde. E, pelo contrário, é na região autónoma dos Açores que os matrimónios se dão numa idade mais jovem. E é nesta região que o saldo de crescimento natural é mais elevado (diferença entre nascimentos e óbitos): 0,25% comparativamente ao ano anterior.

O Alentejo está no pólo oposto aos Açores. Esta zona viu reduzido o saldo natural de forma mais drástica que outras zonas do Continente, menos 0,52% de habitantes. Tem perdido habitantes desde 2003. Além da taxa de natalidade ser baixa, não é uma zona atractiva para a população estrangeira. Tinha 762 609 habitantes em 2007, sendo que as mulheres registavam uma ligeira supremacia em relação aos homens, 388 510.

A redução da natalidade e o aumento da longevidade da população portuguesa acentuam o envelhecimento populacional, o que faz com que exista uma diferença cada vez menor entre a base e o topo da pirâmide etária. E há cada vez menos pessoas a entrar na vida activa.

Em 2002, por cada 100 indivíduos que saiam do mercado de trabalho, e aqui consideram-se todas as pessoas entre os 55 e os 64 anos de idade, havia 141 do grupo etário potencialmente a entrar no mercado de trabalho (entre os 20 e os 29 anos), o que garantia de forma desafogada a renovação da população activa. Essa relação passou a ser de 100 para 115 no ano passado e isto apesar do contributo das populações migrantes.

DN, 30-5-2008
 
"A economia portuguesa não é amiga das crianças e das famílias"

Mário Leston Bandeira

PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE DEMOGRAFIA

Desde 1918 que Portugal não registava um saldo natural negativo. É uma tendência do século XXI?

E em 1918 morreram 135 mil pessoas devido à pneumónica. É verdade que estamos num processo de declínio demográfico, inevitável desde 1982, ano em que a substituição de gerações deixou de ser assegurada em Portugal. Entre 2000 e 2005, parecia que o índice de fecundidade iria estabilizar-se nos 1,5 filhos por mulher em idade fértil, mas a partir de 2006 as coisas começaram a piorar.

E temos a taxa de natalidade mais baixa da UE...

O ano passado, pela primeira vez, passámos a pertencer ao grupo dos países que tem um índice de fecundidade de 1,3, que é o clube a que pertencem os países da Europa do Sul (Espanha, Portugal, Itália e Grécia) e da Europa de leste. E a situação demográfica portuguesa não vai melhorar nos próximos tempos.

Como é que tem tantas certezas?

As mulheres têm menos filhos e cada vez mais tarde. Houve uma evolução muito rápida nos últimos anos ao nível do aumento da idade em que se tem o primeiro filho, agora situado nos 28 anos. E esta é uma situação absurda em relação à prática habitual no País. E uma mulher que tem o primeiro filho aos 28 anos tem menor probabilidade de ter um segundo filho.

Mas quais são as razões para que isso aconteça?

As razões são sobretudo económicas, mas também existem causas sociais e culturais. São cada vez mais difíceis as condições para que os jovens obtenham uma maior estabilidade económica. E isso tem consequências ao nível da nupcialidade e da natalidade.

As pessoas também se casam menos e cada vez mais tarde.

Essa é outra tendência da actualidade. E, pela primeira vez, há uma minoria de primeiros casamentos comparativamente aos segundos e terceiros casamentos. Isto remete para uma questão fulcral que é a dificuldade que os jovens têm em constituir família. E o facto de não haver mais casamentos não é compensado pelas uniões de facto. Não é como acontece na Suécia, onde há um maior número de nascimentos fora do casamento. O que quer dizer que em Portugal há uma crise das condições de vida, de que possam resultar nascimentos de crianças.

Como é que se pode inverter estas tendências demográficas negativas?

É muito complicado. Os subsídios de natalidade podem ter alguns efeitos marginais, nomeadamente nos grupos sociais mais desfavorecidos, mas não resolvem. Vivemos numa sociedade que não é muito favorável à procriação. Os salários são baixos, as condições de vida são difíceis. A economia portuguesa não é amiga das famílias e das crianças.

Como é que se pode actuar nessa área?

O Governo devia ser mais exigente na aplicação das disposições legais que impedem a discriminação das mulheres grávidas, por exemplo. Em Portugal, há empresas que continuam a despedir grávidas e a penalizar as mulheres que têm filhos. Como é que isso pode acontecer?

Os portugueses têm que passar a reivindicar o direito à procriação?

A questão é que os casais são livres de decidir se querem ou não ter filhos, mas não têm condições para o poderem decidir sem limitações. Têm que ser criadas condições de vária ordem, económicas, sociais e políticas, que permitam que seja reconhecido na prática o direito à procriação.

DN, 30-5-2008
 
Somos 10,6 milhões

A população portuguesa aumentou 5,2% entre 1997 e 2007, de 10 para 10,6 milhões de habitantes, um crescimento superior à média da União Europeia (UE), que foi de 3,4%.
A contabilidade consta do relatório “A Europa em Números”,
elaborado pelo Eurostat, gabinete ofi cial de estatísticas da UE.
O documento indica que a população de Portugal aumentou de 10,073 milhões em 1997 para 10,599 milhões
em 2007, o que representa um crescimento superior em quase dois pontos percentuais ao verifi cado, em média, na União, cuja população aumentou de 478,6 milhões para 495,1 milhões nos últimos dez anos.
O Estado-membro que registou um maior crescimento foi a Irlanda - 18%, de 3,6 para 4,3 milhões -, enquanto no extremo oposto se registaram alguns declínios, o maior dos quais na Bulgária: -7,9%, de 8,3 para 7,6 milhões).
O relatório lembra ainda que em 2005 a população mundial era de 6,5 mil milhões de pessoas, mais do
dobro que os três mil milhões de 1960.
No entanto, enquanto em 1960 a população da actual UE a 27 representava 13,3% da população mundial, em 1995 esse número caiu para 7,5%.

RRP1, 2-6-2008
 
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