12 maio, 2008

 

Jonh Pilger


"Guardião da memória pública"




http://en.wikipedia.org/wiki/John_Pilger

http://www.johnpilger.com/

http://www.youtube.com/results?search_query=jonh+pilger&search_type=

http://br.youtube.com/view_play_list?p=7C8EB3BC87B26F69

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'Guerra à Democracia' pode ser visto no Google Video

FILIPE FEIO

Filme não chegou às salas de cinema portuguesas

"Este é um filme sobre a luta de um povo para se libertar de uma moderna forma de escravatura." É assim que o jornalista australiano John Pilger descreve, numa só frase, a história que apresenta em The War on Democracy (em português, Guerra à Democracia). O documentário que se estreou no Reino Unido em Junho de 2007 fez parte da selecção oficial de Cannes e está agora disponível em DVD na Amazon. Mas, até hoje, a história não passou pelas salas de cinema portuguesas. A versão integral pode ser, no entanto, vista através da Internet, no Google Video.

A 20 de Janeiro de 2005, o Presidente norte-americano, George Bush, falava no início do seu segundo mandato: "A América não irá impor o seu estilo de governação a quem não o desejar. O nosso objectivo é, em vez disso, ajudar outros a encontrar a sua própria voz, a alcançar a sua própria liberdade, a descobrir o seu próprio caminho." Bush usou as palavras "liberdade" e "democracia" 21 vezes no seu discurso inaugural.

Para John Pilger, foi esse o mote para mais uma investigação jornalística, que resultou no seu primeiro trabalho para cinema, depois de mais de 55 documentários realizados para televisão.

"Queria fazer um filme que desmascarasse essa verdade disfarçada", afirmou o jornalista australiano numa entrevista. Filmado na Venezuela, Bolívia, Chile e Estados Unidos (e olhando também para a Guatemala e para a Nicarágua), The War on Democracy visita as "traseiras da América" (termo usado pelo secretário de Estado norte-americano, do tempo de Richard Nixon, Henry Kissinger para descrever a América Latina). E explica porque é que, "desde 1945, os Estados Unidos tentaram derrubar 50 governos".

O documentário "examina a falsa democracia que chega com as corporações ocidentais e as instituições financeiras, e a guerra travada, materialmente e através de propaganda, contra a democracia popular", escreveu Pilger no jornal britânico The Guardian.

Mas, "acima de tudo, conta uma história muito positiva: a da ascensão de movimentos sociais populares, que trouxeram ao poder governos que prometem fazer frente ao poder imperial e a quem controla a riqueza nacional". "A Venezuela tomou a dianteira", afirma Pilger, que no filme incluiu uma entrevista exclusiva com Hugo Chávez. "Chegou a hora do grande despertar, o império americano chegou ao fim, e deve impor-se no mundo o império da lei, o império da igualdade, da justiça e da fraternidade", diz o presidente venezuelano ao jornalista.

Algumas críticas referem-se ao documentário The War on Democracy como "tendencioso", afirmando que apresenta "somente um dos lados da história". O dramaturgo britânico Harold Pinter tem outra opinião. "Jonh Pilger desenterra, com uma atenção de aço aos factos, a verdade imunda, e conta-a tal qual ela é", afirma o escritor laureado com o Prémio Nobel. Isto porque, como o próprio Jonh Pilger considera, "o jornalista é o guardião da memória pública".

DN, 3-3-2008
 
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