24 junho, 2008

 

Ecopistas,


bicicletas nos carris.



http://www.refer.pt/pt/patrimonio.php?id=964&idold=17

http://www.refer.pt/documentos/PE_ECOPISTAS.pdf

http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=744F2318-B2D5-40E6-9B21-04A7BA8B5644&channelid=00000010-0000-0000-0000-000000000010


Resolução da Assembleia da República n.º 3/2009. D.R. n.º 25, Série I de 2009-02-05
Assembleia da República
Plano nacional de promoção da bicicleta e outros modos de transporte suaves

Resolução da Assembleia da República n.º 4/2009. D.R. n.º 25, Série I de 2009-02-05
Assembleia da República
Recomenda ao Governo a promoção de redes de modos suaves a integrar nos planos de mobilidade urbana, no âmbito do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, e da Lei de Bases do Sistema de Transportes Terrestres, aprovada pela Lei n.º 10/90, de 17 de Março

Comments:
Bicicletas tiram comboios dos carris

LEONOR MATIAS

Estações vão ser recuperadas para pequenas pousadas

Linhas abandonadas, comboios enferrujados e estações vandalizadas ainda fazem parte da paisagem em algumas zonas do País, nomeadamente em Trás--os-Montes e Alentejo. Valorizar o património ferroviário com a recuperação das linhas para a instalação de ecopistas (circuitos de bicicletas), transformar antigos dormitórios e estações em pequenas unidades hoteleiras e museus ligados à ferrovia são os projectos que a Invesfer, empresa que gere o património da Refer, gestora da infra-estrutura ferroviária nacional, tem em curso. Este projecto conta com o apoio dos municípios, que em alguns casos reabilitam por sua iniciativa o património abandonado.

Vicente Pereira, responsável da Invesfer, revelou ao DN que os edifícios mais emblemáticos vão ser recuperados para criar uma rede de pequenas pousadas, que vão privilegiar os antigos dormitórios dos ferroviários. Neste caso estão os dormitórios no Pocinho, estação terminal da Linha do Douro, que no passado seguia até Barca d'Alva e cujos edifícios vão também ser recuperados para hotelaria. A reconversão de estações em núcleos museológicos é outro projecto em curso.

A ecopista resume-se ao aproveitamento do canal ferroviário para actividades de lazer, como passeios a pé e de bicicleta, muito ligados ao turismo de natureza. São mais de 600 quilómetros de linhas ferroviárias desactivadas e muitas estações abandonadas. Só em Trás-os-Montes existem 300 km de linhas, divididas pelas linhas do Corgo, Tua e Sabor. Em alguns troços já funcionam pequenas ecopistas que neste plano vão ser prolongadas, como é o caso de Moncorvo, na Linha do Sabor, e entre Valença-Monção, no antigo ramal de Monção.

Algumas linhas estão desactivadas há muitos anos, existem locais onde a passagem do comboio só faz parte da memória dos mais velhos. São os casos das linhas do Dão e do Vouga, que a Câmara de Viseu reabilitou e transformou em percursos pedestres de grande beleza, onde os visitantes atravessam as antigas pontes ferroviárias e passam pelos túneis onde circularam no passado os comboios a vapor.

Associar os municípios ao projecto e chamar a iniciativa privada para o seu desenvolvimento é a intenção da Invesfer. Vicente Pereira adianta que as autarquias podem recorrer a fundos comunitários para desenvolver estes projectos. A empresa, diz, "não possui know-how para desenvolver actividades fora da ferrovia. O nosso papel é promover, valorizar e divulgar o património e integrá-lo nas ecopistas ou na economia local e procurar interessados". A Invesfer concessiona os espaços, não estando prevista a sua venda, que continua a fazer parte do domínio público.

A wine house que vai abrir em breve na estação do Pinhão é um exemplo daquilo que a gestora ferroviária pretende desenvolver. A Invesfer contactou o Grupo Amorim para "auscultar o seu interesse para desenvolver actividades hoteleiras em estações desactivadas". Até agora, adiantou Vicente Pereira, "não tivemos resposta".

Trás-os-Montes é a zona com maior intervenção. O conjunto de edifícios de Barca d'Alva vai ser recuperado para dar lugar a uma unidade hoteleira e existem intenções de integrar a estação no Circuito dos Castelos. A Câmara de Figueira de Castelo Rodrigo projecta para um dos imóveis a instalação de um centro de interpretação ligado ao rio Douro. A estação de Macedo de Cavaleiros, na Linha do Tua, vai também receber uma unidade hoteleira associada a uma ecopista até à barragem do Azibo. A região possui vários museus ligados à actividade ferroviária, como em Arco do Baúlhe, Vila Real e Chaves e existe projecto para Bragança.

Mais para sul, a ideia é avançar com uma ecopista desde o Montijo ao Pinhal Novo. O Alentejo é a zona que vai concentrar as atenções do encontro que se realiza, entre hoje e amanhã, em Évora, para discutir o futuro do património ferroviário português. Para a região existem várias intervenções projectadas em linhas e ramais desactivados. Em Estremoz, o comboio de mercadorias vai deixar de ir ao centro da cidade e a estação será reconvertida num museu ligado à actividade ferroviária. No Alentejo, muitos quilómetros de carris vão dar lugar a ecopistas. Estamos a falar, nomeadamente, dos ramais de Évora-Mora, Évora-Reguengos de Monsaraz, Montemor-Torre da Gadanha, Estremoz-Vila Viçosa, Beja-Moura e Estremoz-Portalegre. Este último vai servir para apresentar o ciclorail (bicicletas adaptadas aos carris).

DN, 23-5-2008
 
Lisboa promove bicicleta como meio alternativo

Projecto. Câmara vai discutir rede de bicicletas públicas

Turistas são os que mais alugam velocípedes para passear na capital

A Câmara de Lisboa vai discutir hoje a criação de uma Rede de Bicicletas de Uso Partilhado na cidade. O projecto prevê a criação de pontos distribuídos pela cidade "onde serão disponibilizadas bicicletas, mediante um cartão", indicou fonte do gabinete do vereador dos Espaços Verdes, José Sá Fernandes. As pessoas podem utilizar as bicicletas e deixá-las em outro ponto da cidade, um projecto comum em cidades europeias, como na Holanda, Dinamarca ou Barcelona (Espanha).

A CML lançou em Outubro um projecto que prevê criar 86 quilómetros de percursos - vias para peões, ciclovias, pontes - a ligar os espaços verdes da capital, até 2009. "O nosso objectivo é ter, nessa data, 45 quilómetros de percursos cicláveis", medida que irá ao encontro das críticas dos amantes da modalidade e que lamentam a falta de infra-estruturas.

De acordo com proprietários de lojas que alugam bicicletas "são mais os turistas que procuram o serviço", havendo "desinteresse" dos lisboetas em andar de bicicleta.

Bruno Horta, que vende e aluga bicicletas na loja Without Stress, diz que "é estranho para os turistas haver poucos ciclistas em Lisboa", pois consideram que "é uma cidade completamente ciclável". Para o responsável, "há cada vez mais carros na cidade e a autarquia continua a não considerar a bicicleta como um meio de transporte, mas apenas de lazer".

Também na loja BTTour, "os lisboetas alugam esporadicamente bicicletas para um passeio". Para o proprietário José Neves, a falta de interesse em aderir a este meio de transporte estará relacionada com o facto de "não haver ciclovias" e as que existem estarem "ocupadas por carros".

"É um produto que está morto", por "não haver promoção de bicicletas e ciclovias", observou. "As temperaturas, as inclinações, os pavimentos, o tráfego, os riscos de segurança e a falta de estacionamento para bicicletas" são factores que, segundo José Neves, dificultam quem quer aderir ao transporte alternativo.

José Caetano, presidente da Federação Portuguesa de Cicloturismo e Utilizadores da Bicicleta afirma que Portugal é dos países onde menos se utiliza a bicicleta como principal meio de transporte, de acordo com um recente inquérito divulgado em 2007 pela Comissão Europeia. A dificuldade principal está na "falta de infra-estruturas, especialmente nas estações do metro e CP de Lisboa", porque aqueles que gostam da modalidade "têm de andar de bicicleta às costas", sugerindo que "deveriam ser criadas melhores condições para transportá-las".

DN, 11-6-2008
 
PEDALAR NAS SETE COLINAS DE LISBOA

KÁTIA CATULO

A câmara quer ver os lisboetas a pedalar já no próximo Verão. A capital segue o exemplo de Paris, onde quase 200 mil pessoas aderiram ao uso partilhado deste veículo
A capital terá 2500 bicicletas em Junho de 2009
Usar a bicicleta para ir trabalhar ou até para fazer compras poderá ser em breve um novo hábito dos lisboetas. Esse é o plano que a câmara municipal traçou para Lisboa a partir do Verão do próximo ano. António Costa, presidente da autarquia, quer pôr toda a gente a pedalar na cidade e para isso prometeu instalar até Junho de 2009 uma rede de 2500 bicicletas de uso partilhado e 250 parques de estacionamento espalhados por vários pontos da capital.

A medida foi uma das suas promessas eleitorais, mas por enquanto desconhece-se qual o modelo que a cidade irá adoptar ou em que zonas será possível usar o novo transporte público que o autarca quer inaugurar a tempo do Dia do Ambiente - 5 de Junho de 2009. No próximo mês de Setembro será lançado um concurso público para as empresas poderem apresentar as suas candidaturas.

Lisboa segue assim o exemplo de outras cidades europeias que já se renderam à bicicleta - Berlim (Alemanha), Viena (Áustria), Helsínquia (Finlândia), Barcelona (Espanha) ou Londres (Inglaterra) - e descobriram o poder do pedal para fintar os engarrafamentos, combater a poluição e até reduzir o colesterol. Mas se quisermos saber qual é o maior caso de sucesso na Europa teremos de viajar até à capital francesa para conhecer o modelo Velib. Em Paris encontra-se a maior rede de bicicletas de uso partilhado do mundo. O sistema foi instalado em Julho de 2007 e, um ano depois, conseguiu cativar quase 200 mil utilizadores regulares e outros 3,4 milhões ocasionais.

O segredo está na facilidade com que qualquer pessoa usa uma das 20 mil Velib. "A cada cem metros é possível encontrar um dos 1451 parques que foram instalados ao longo da rede de metropolitano e nos principais interfaces de transportes públicos", explica Thomas Veleau, responsável da empresa JC Decaux pelo projecto das bicicletas. O preço é o maior incentivo: cada utente paga 29 euros/ano e tem direito a uma bicicleta a qualquer hora do dia ou do ano.

Só os primeiros 30 minutos são gratuitos, mas é possível continuar a pedalar sem pagar um cêntimo. O truque é simples: ao fim de meia hora, deposita--se a bicicleta num estacionamento e retira-se outra. A partir do momento em que se senta num novo selim, a contagem recomeça do zero. A fórmula tem resultado porque em Paris, uma bicicleta não fica em média mais de 17 minutos na mão do mesmo ciclista. "Cada um destes novos transportes públicos é usado entre dez e 15 vezes por dia e todas juntas fazem mais de 200 mil viagens diárias", conta Thomas Veleau.

O sistema quase que funciona sozinho, exigindo apenas a supervisão de dois funcionários da empresa de mobiliário urbano, que coordenam a distribuição das bicicletas pela cidade através de uma frota de carros movidos a gás natural. A reparação e a manutenção é assegurada por cerca de 400 pessoas que viajam de bicicleta para socorrer os ciclistas em apuros.

Antes de o modelo ser inaugurado, a autarquia parisiense adoptou várias medidas de incentivo. Desde 2001, investiu 300 milhões de euros para construir 371 quilómetros de ciclovias. É o "pormenor" que ainda falta a Lisboa.

DN, 30-6-2008
 
Estado obrigado a injectar capital no universo Refer

LEONOR MATIAS

Rede ferroviária. CP pagou mais pela passagem dos comboios nas linhas

Prejuízos da gestora da rede ferroviária ascendem a 162 milhões

A situação financeira da Refer, gestora da infra-estrutura ferroviária nacional, agravou-se em 2007. A empresa encerrou o exercício com prejuízos de 162,8 milhões de euros e com um total de capital próprio negativo de 973,7 milhões.

O desequilíbrio financeiro é mesmo destacado pela sociedade de revisores oficiais de contas que alerta para o facto das empresas participadas da Refer - Invesfer (comercialização), Fernave (formação), Metro do Mondego e Gare Intermodal de Lisboa (gare do Oriente) - se encontrarem em situação de "perda de metade do seu capital social". Devem ser tomadas medidas "necessárias para rectificar esta situação", advertem os auditores e que assumem mesmo que a solução "passa por aumentos dos respectivos capitais sociais".

O parecer da comissão de fiscalização das contas é demolidor para a administração da Refer, presidida por Luís Pardal, quando refere como factos relevantes do exercício: a persistência de riscos inerentes à ocorrência de trabalhos a mais, o consequente aumento dos custos de investimento e o agravamento do endividamento global em 355 milhões de euros (o qual ascendia no final de 2007 a 4,8 mil milhões).

Não obstante a má performance financeira, a Refer facturou à CP 54,8 milhões de euros pela passagem dos comboios da empresa nas linhas ferroviárias, contra os 49,3 milhões cobrados em 2006. Se no caso da CP se verificou um aumento do valor cobrado, já a Fertagus, operador ferroviário do grupo Barraqueiro, explora a travessia da ponte 25 de Abril, pagou menos pela utilização da infra--estrutura, passando de 3,147 milhões em 2006 para 3,102 milhões de euros o ano passado. No global, a Refer cobrou às duas operadoras ferroviárias 57,1 milhões de euros. Em 2007, circularam por dia em média na rede ferroviária nacional cerca de 2100 comboios, um acréscimo de 3,8% face ao ano anterior. A grande maioria dos comboios, cerca de 80%, é de serviços de passageiros.

O volume de investimentos, em 2007, atingiu os 336 milhões de euros. Esta verba veio de contribuições dos fundos comunitários (70,6 milhões de euros), do Plano de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central (PIDDAC) cerca de cinco milhões e outras fontes contribuíram com 249,9 milhões.

A Refer indica que dos 554,9 milhões de investimento previsto, foram aplicados 335,5 milhões de euros (apenas 60%).

DN, 3-8-2008
 
Antes trenes, ahora bicis

Son 1.700 los kilómetros recuperados para el ocio al aire libre en quince años de Vías Verdes.

Fuencisla Muñoz,10/10/2008

Estaciones que nadie inauguró, espectaculares viaductos que vuelan por encima de los ríos y túneles que harían las delicias de cualquier director de cine de misterio son algunas de las edificaciones que el viajero puede disfrutar al recorrer en bicicleta o a pie la vía verde de la Jara, en la provincia de Toledo. Todo ello acompañado del olor dulzón de las jaras, las higueras y los matorrales que salpican los 52 kilómetros de este antiguo camino de hierro. Construido a finales de los años veinte del siglo pasado, nunca llegó a escuchar el traqueteo de las máquinas del tren ni el silbato de los jefes de estación. Es sólo un ejemplo de los 7.500 kilómetros de vías férreas en desuso que existen en España. Desde 1993, 1.700 de ellos han sido rehabilitados para convertirlos en lugares donde practicar el deporte y el turismo al aire libre. Las suaves pendientes y las amplias curvas propias de los trazados ferroviarios, así como su lejanía de las carreteras, añaden puntos a su favor.

Aniversario

La Fundación de los Ferrocarriles Españoles celebra este año el decimoquinto aniversario de estos caminos. Son ya 65 en todo el país, algunos de ellos tan transitados como los del Carrilet II y la vía verde Girona-Costa Brava en la provincia de Girona, con un millón de visitantes al año. Ambas vías se enlazarán pronto con el Camí de Ferro, lo que permitirá desplazarse desde el alto Pirineo hasta la Costa Brava a lo largo de 135 kilómetros. Desde la Fundación para los Ferrocarriles Españoles señalan que en estos quince años se han centrado en ejecutar las infraestructuras y que lo que se pretende a partir de ahora es recuperar también los edificios como albergues, hoteles, restaurantes, puntos de alquiler de bicicletas o centros de interpretación. “Algunas líneas no podrán ser incorporadas nunca –explica Arancha Hernández, jefa de Estudios y Comunicación del programa Vías Verdes–, pero el objetivo es llegar al mayor número de ciudadanos y que las que ya existen se consoliden como motor de desarrollo de las zonas donde están ubicadas. También que generen empleo y dinamización social en la zona y se mantengan y promocionen”. Por otro lado, la intención es configurar grandes itinerarios e ir uniendo diferentes infraestructuras en red con el mismo objetivo de ocio activo y movilidad no motorizada. La futura vía verde Santander-Mediterráneo responde a esta voluntad, un proyecto de más de 100 kilómetros que atraviesa de norte a sur la provincia de Burgos. Desde el túnel de la Engaña, que casi conecta con Cantabria, hasta Burgos capital, donde enlaza con el Camino de Santiago. En la misma provincia también se puede disfrutar de la espectacular vía verde de La Demanda, muy cerca de los yacimientos de Atapuerca. La nueva web del programa (www.viasverdes.com) tiene información abundante sobre todas ellas.

Tiempo
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?