30 junho, 2008
Fogos
e incêndios
http://pt.wikipedia.org/wiki/Fogo
http://pt.wikipedia.org/wiki/Inc%C3%AAndio
http://www.mai.gov.pt/lertexto.asp?id=69
http://www.meteo.pt/pt/previsao/riscoincendio/prev_risc_class_conc.jsp
Portaria n.º 566/2008, D.R. n.º 124, Série I de 2008-06-30
Ministério da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
Define que o período crítico no âmbito do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios, no ano de 2008, vigora de 1 de Julho a 15 de Outubro
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Fase crítica de incêndios arranca amanhã com 9600 elementos
LUÍS NAVES
Fase Charlie prolonga-se até 30 de Setembro
Instituto de Meteorologia coloca vários concelhos do País em risco máximo de incêndio
A protecção civil lança a partir de amanhã a Fase Charlie do seu plano de combate a incêndios florestais, envolvendo 2266 veículos e mais de 9600 elementos mobilizados, um reforço de mais de 800 profissionais face ao ano passado. O início do período crítico da época de incêndios coincide com o aparecimento de condições meteorológicas que facilitam fogos florestais.
Na Fase Charlie, o planeamento operacional da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) prevê organizar 2373 brigadas de combate a incêndios, tendo à disposição 56 meios aéreos, incluindo 35 helicópteros, 14 aviões, dois aerotanques pesados e cinco helibombardeiros.
Os corpos de bombeiros mobilizaram mais de 5100 elementos, agrupados em 1111 equipas. Mas estão envolvidos grupos dos serviços florestais e do Instituto de Conservação da Natureza. Ao todo, há 236 postos de vigia activos. A GNR disponibiliza o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), com 720 elementos. E a coordenação da protecção civil abrange os membros da associação de empresas do sector das celuloses e do papel (Afocelca), que envolve 236 pessoas e dois helicópteros. A PSP tem 127 brigadas, num total de 383 elementos.
O objectivo do plano é garantir que a destruição de florestas não seja superior à que se verifica em outros países mediterrânicos. No período entre 2012 e 2018, o plano prevê que as áreas ardidas totais não excedam cem mil hectares, com um máximo de 150 incêndios anuais a durarem mais de 24 horas. Os objectivos para 2018 são ainda mais ambiciosos, com este último valor reduzido para metade.
Para já, pretende-se que não haja incêndios com áreas ardidas superiores a mil hectares. Para isso, será preciso reduzir o tempo de ataque inicial ao fogo para menos de 20 minutos, em 90% dos casos.
Estes objectivos não parecem fáceis de atingir. Segundo números da Direcção-Geral de Florestas, nos últimos dez anos, em média, registaram-se anualmente mais de 20 mil incêndios, com destruição de uma área de 129 mil hectares, em cada ano (também em média). Mas em 2003 e 2005, estes valores foram largamente ultrapassados. O recorde continua a ser 2003, com área ardida de 425 mil hectares de matos e florestas, o que levou à destruição de 8,5% das florestas nacionais.
Ontem, alguns concelhos do País nos distritos de Castelo Branco, Santarém e Portalegre, estiveram em "risco máximo" de incêndio, segundo a classificação do Instituto de Meteorologia (IM). Outro indicador preocupante veio da protecção civil, segundo a qual, no sábado, houve 91 incêndios em todo o País, o dobro da média diária da semana anterior, que foi de 45. Apesar das condições meteorológicas favoráveis a incêndios, ontem à tarde não havia notícia de ocorrências significativas. O risco de incêndio é um indicador que o IM calcula desde 1998, levando em consideração não apenas as temperaturas e condições de humidade do solo, do vento, mas também a cobertura vegetal dos locais observados e o estado de maturação das plantas.
Estes factores explicam que o distrito de Évora, onde se atingiram 38 graus Celsius, não estivesse no risco máximo. Para calcular o índice, que tem cinco níveis, o instituto recorre a imagens por satélite, entre outras observações. A nível meteorológico, além dos dias muito quentes, verifica-se um elevado índice de radiação ultravioleta.
DN, 30-6-2008
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LUÍS NAVES
Fase Charlie prolonga-se até 30 de Setembro
Instituto de Meteorologia coloca vários concelhos do País em risco máximo de incêndio
A protecção civil lança a partir de amanhã a Fase Charlie do seu plano de combate a incêndios florestais, envolvendo 2266 veículos e mais de 9600 elementos mobilizados, um reforço de mais de 800 profissionais face ao ano passado. O início do período crítico da época de incêndios coincide com o aparecimento de condições meteorológicas que facilitam fogos florestais.
Na Fase Charlie, o planeamento operacional da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC) prevê organizar 2373 brigadas de combate a incêndios, tendo à disposição 56 meios aéreos, incluindo 35 helicópteros, 14 aviões, dois aerotanques pesados e cinco helibombardeiros.
Os corpos de bombeiros mobilizaram mais de 5100 elementos, agrupados em 1111 equipas. Mas estão envolvidos grupos dos serviços florestais e do Instituto de Conservação da Natureza. Ao todo, há 236 postos de vigia activos. A GNR disponibiliza o Grupo de Intervenção de Protecção e Socorro (GIPS), com 720 elementos. E a coordenação da protecção civil abrange os membros da associação de empresas do sector das celuloses e do papel (Afocelca), que envolve 236 pessoas e dois helicópteros. A PSP tem 127 brigadas, num total de 383 elementos.
O objectivo do plano é garantir que a destruição de florestas não seja superior à que se verifica em outros países mediterrânicos. No período entre 2012 e 2018, o plano prevê que as áreas ardidas totais não excedam cem mil hectares, com um máximo de 150 incêndios anuais a durarem mais de 24 horas. Os objectivos para 2018 são ainda mais ambiciosos, com este último valor reduzido para metade.
Para já, pretende-se que não haja incêndios com áreas ardidas superiores a mil hectares. Para isso, será preciso reduzir o tempo de ataque inicial ao fogo para menos de 20 minutos, em 90% dos casos.
Estes objectivos não parecem fáceis de atingir. Segundo números da Direcção-Geral de Florestas, nos últimos dez anos, em média, registaram-se anualmente mais de 20 mil incêndios, com destruição de uma área de 129 mil hectares, em cada ano (também em média). Mas em 2003 e 2005, estes valores foram largamente ultrapassados. O recorde continua a ser 2003, com área ardida de 425 mil hectares de matos e florestas, o que levou à destruição de 8,5% das florestas nacionais.
Ontem, alguns concelhos do País nos distritos de Castelo Branco, Santarém e Portalegre, estiveram em "risco máximo" de incêndio, segundo a classificação do Instituto de Meteorologia (IM). Outro indicador preocupante veio da protecção civil, segundo a qual, no sábado, houve 91 incêndios em todo o País, o dobro da média diária da semana anterior, que foi de 45. Apesar das condições meteorológicas favoráveis a incêndios, ontem à tarde não havia notícia de ocorrências significativas. O risco de incêndio é um indicador que o IM calcula desde 1998, levando em consideração não apenas as temperaturas e condições de humidade do solo, do vento, mas também a cobertura vegetal dos locais observados e o estado de maturação das plantas.
Estes factores explicam que o distrito de Évora, onde se atingiram 38 graus Celsius, não estivesse no risco máximo. Para calcular o índice, que tem cinco níveis, o instituto recorre a imagens por satélite, entre outras observações. A nível meteorológico, além dos dias muito quentes, verifica-se um elevado índice de radiação ultravioleta.
DN, 30-6-2008
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