14 junho, 2008

 

Horta


Agricultura urbana



http://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura_org%C3%A2nica

http://pt.wikipedia.org/wiki/Compostagem


http://www.agrobio.pt/

http://www.biocoop.coop/

http://www.hortadaformiga.com/

http://www.cidadessustentaveis.info/portal.html

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LAZER E NECESSIDADE FAZEM CRESCER HORTAS

ISALTINA PADRÃO e JOANA DE BELÉM

Além das necessidades económicas, os frescos na cidade escasseiam
Uns por necessidade outros por lazer são muitos aqueles que, embora vivendo na cidade, não dispensam alguns hábitos rurais, como cuidar de uma pequena horta. Às vezes, isto mais não é do que transportar as raízes que um dia tiveram de deixar para ganhar o pão.

Mas esse pão tem de ser acompanhado por algo que a terra pode dar e para o qual o dinheiro não chega. A somar às necessidades económicas, os frescos nas cidades são, como alguns especialistas admitem, um recurso limitado. As próprias Nações Unidas acreditam que só as hortas urbanas podem garantir alimento à população que está a concentrar-se nas grandes cidades. Também FAO diz que estas têm um papel decisivo no futuro.

Em Lisboa, por exemplo, proliferam hortas sem regras até na beira de estrada. Ao DN, o vereador dos Espaços Verdes da autarquia, José Sá Fernandes disse "sim" às hortas e comprometeu-se a manter as que já existem e a incentivar o aparecimento de outras, "de uma forma ordenada e regulada".

No Norte do País, na tentativa de colmatar esta lacuna, a Lipor - Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, em colaboração com vários municípios, lançou em 2003 o Projecto Horta à Porta, disponibilizando talhões de aproximadamente 25 metros quadrados a particulares que estivessem interessados em praticar a agricultura biológica e a compostagem.

DN, 25-4-2008
 
Rapazes do bairro cultivam hortas para os vizinhos

KÁTIA CATULO

Terreno baldio deu lugar a uma horta comunitária

Arlete Sousa hesitou durante uns minutos. Gostava de espreitar as hortas que os rapazes do bairro cultivaram ao pé da sua casa, em Lisboa, mas também não queria chegar atrasada à procissão da Nossa Senhora Saúde, no Martim Moniz. "Quando regressar passo por aqui", prometeu ontem a pensionista de 73 anos, resolvendo assim o seu dilema.

Os "rapazes do bairro" são sete jovens do Grupo Desportivo da Mouraria e do Grupo de Acção e Intervenção Ambiental (GAIA) que resolveram ocupar um terreno baldio da freguesia da Graça, com tomates, morangos, beringelas ou abóboras. "O objectivo passa por fazer uma horta para os moradores da zona que quiserem cultivar os seus próprios alimentos", explica Marcos Pais, um dos responsáveis do projecto.

A ideia é simples mas deu algum trabalho. No terreno, entre a rua Damasceno Monteiro e a calçada do Monte, começam agora a surgir as primeiras couves galegas, aipos, espinafres, ou beterrabas. Antes disso, porém, foi preciso obter autorização da câmara de Lisboa, retirar o lixo, cortar o capim, arrancar as ervas e sulcar a terra. Tarefas que começaram em Outubro do ano passado e ainda não estão concluídas.

Houve até plantas e árvores que estavam condenadas à morte mas que na horta popular da Graça tiveram uma segunda oportunidade. "É o caso dos pessegueiros e das videiras que estavam em Benfica e com a construção da CRIL iam ser destruídas", conta Marcos Pais. Mas os membros do GAIA chegaram a tempo de travar as retroescavadoras e salvar o mini-pomar.

O projecto está encaminhado, mas falta ainda uma parte essencial para ser bem sucedido - a adesão dos moradores. "As pessoas têm tido algum receio de se envolverem nesta iniciativa e estão à espera que a horta entre numa fase mais avançada para começarem a participar", desabafa Marcos Pais.

Por enquanto, apenas meia dúzia de residentes dos bairros da Graça e da Mouraria têm na horta popular um talhão onde cultivam as suas leguminosas. Há, no entanto, muitos mais moradores com vontade de dar os seus palpites: "Muita gente vai passando por aqui e dando as suas dicas." António Sanches, de 71 anos, é um deles. Quase todos os dias, o relojoeiro da Graça inspecciona um a um os legumes e os frutos da horta popular: "As alfaces precisam de mais água porque estão a perder a cor", avisa o morador da rua Josefa de Óbidos, que "percebe destas coisas" porque tem uma "grande horta" em Moimenta da Beira, onde costuma passar os fins-de-semana.

António Sanches é, aliás, um dos conselheiros de Sofia Figueredo, que todas as segundas-feiras sai de casa, na Mouraria, para levar o filho ver as abóboras que semearam em Fevereiro na horta popular da Graça: "Eu e o meu filho estamos a aprender a cultivar e ainda fazemos alguns disparates", confessa a moradora de 31 anos, que vai ter de transplantar as suas abóboras porque semeou-as "demasiado juntas e agora não têm espaço para crescer".

DN, 12-5-2008
 
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