17 junho, 2008

 

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"Jornais são um fenómeno do passado", afirma Cebrián

FILIPE FEIO

"Os jornais são um produto velho de uma sociedade antiga e não têm futuro." A afirmação foi feita pelo fundador do diário espanhol El País e administrador delegado do grupo Prisa (que detém a Media Capital, empresa dona da TVI), Juan Luis Cebrián, durante uma conferência que decorreu ontem à tarde na Universidade Lusófona, em Lisboa.

"Os jornais são um fenómeno do passado", insistiu Cebrián, antes de sublinhar a "necessidade" de uma concentração dos media, algo que, aliás, vê como "absolutamente inevitável". "Sem empresas fortes não há liberdade de expressão", afirmou durante a conversa sobre os desafios que enfrentam hoje os media da Península Ibéria, perante uma plateia de jornalistas e futuros profissionais da comunicação social.

"É a fragmentação de meios que debilita o sector dos media, afectando com isso a variedade de pontos de vista sobre um determinado facto." Além disso, há "mecanismos capazes de garantir independências editoriais" e de "salvaguardar essa pluralidade" de opiniões, garantiu.

Futuro está na língua

"As maiores dificuldades serão enfrentadas pelos órgãos que forem demasiado grandes para serem estritamente locais e demasiado pequenos para serem globais", afirmou Cebrián. Na opinião do fundador do El País, "os mercados globais são os mercados linguísticos", e é essa audiência global que oferece "desafios formidáveis aos países menos poderosos, ou menos desenvolvidos".

"A Internet está a mudar o paradigma de participação na sociedade, não necessariamente para melhor", alterando "o espaço público no qual se faz a oposição ao poder". "Roma", ou o Google, "onde todos os caminhos vão dar", é um espaço em que "se mistura publicidade e informação". "Quem lê no Google não sabe se está a ler um anúncio ou uma notícia", afirmou Cebrián, alertando para o risco da crescente proliferação dos jornais digitais, blogues, e publicações feitas por cidadãos, "nas quais circulam informações valiosas mas também mentiras".

Daí a importância de "controlar esses conteúdos", com o jornalista no papel de intérprete da realidade. "O futuro está aí", concluiu Cebrián.

DN, 16-5-2008
 
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