19 junho, 2008

 

Plásticos


e outros lixos



http://pt.wikipedia.org/wiki/Lixo


http://pt.wikipedia.org/wiki/Pl%C3%A1stico

http://pt.wikipedia.org/wiki/Saco_de_pl%C3%A1stico

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'Sopa de plástico' no Pacífico choca cientistas

PATRÍCIA JESUS

Correntes oceânicas mantêm lixo sempre no mesmo sítio

Foi durante uma competição de barco à vela entre Los Angeles e o Havai, em 1997, que o norte-americano Charles Moore encontrou um enorme depósito de lixo em pleno oceano Pacífico. Actualmente, o oceanógrafo estima que existam cerca de cem milhões de toneladas de lixo a circular no Pacífico Norte. Desde 1997, esta mancha tem vindo a crescer: estende-se por uma área sete vezes superior à superfície de Portugal.

Existem duas manchas de lixo, também chamadas de "sopa de plástico" por serem sobretudo compostas por plásticos, uma de cada lado do arquipélago do Havai. O lixo é mantido no local pelas correntes oceânicas. No Pacífico Norte, com ventos fracos, as correntes tendem a empurrar qualquer material que flutue para o centro, uma área com pouca energia. Há poucas ilhas onde o lixo possa dar à costa, por isso, acumulam-se grandes quantidades. Algumas estimativas do Programa Ambiental das Nações Unidas apontam para a existência de quase três quilogramas de plástico por cada um de plâncton. A mancha de plásticos é conhecida como "o caminho de lixo da Ásia".

David Karl, professor da Universidade do Havai, afirma que é necessária mais investigação para determinar o tamanho e composição desta mancha. O oceanógrafo está a planear uma viagem de pesquisa para este Verão, juntamente com a Algalita Marine Research Foundation, criada por Charles Moore.

A presença de tanto plástico é problemática para a vida marinha. De acordo com o Programa Ambiental das Nações Unidas, o plástico constitui 90% de todo o lixo flutuante nos oceanos e é a causa da morte de mais de um milhão de aves marinhas todos os anos, bem como de mais de cem mil mamíferos marinhos. Rolhas, isqueiros e escovas de dentes já foram encontrados nos estômagos de aves mortas, que os engolem pensando tratar-se de comida.

O Programa Ambiental das Nações Unidas estima ainda que cada metro quadrado de oceano contém cerca de 46 mil pedaços de plástico. É que a mesma característica que torna o plástico útil para os consumidores, a durabilidade, transforma-se num problema no mar, alerta a Greenpeace. Cerca de cem milhões de toneladas de plástico são produzidas todos os anos e 10% acabam no mar. Cerca de um quinto do lixo vem de navios e plataformas petrolíferas, o restante vem de terra. De acordo com a Greenpeace, há outra consequência negativa: o plástico pode funcionar como uma esponja química, concentrando poluentes. Assim, ao ingerirem pequenos pedaços de plástico, as aves absorvem químicos tóxicos.

É possível que este fenómeno se repita em menor escala noutros oceanos com correntes semelhantes, como o mar de Sargaços, no Atlântico Norte.

DN, 11-5-2008
 
Os desperdícios do nosso tempo

No mundo são produzidos diariamente cerca de 2 milhões de toneladas de resíduos sólidos o que é suficiente para encher uma fila de camiões com comprimento suficiente para dar 20 voltas ao planeta Terra na zona do Equador.

Hélder Spínola*


A produção de lixo no mundo continua a crescer e nos países mais desenvolvidos a média por pessoa já atingiu os 2 quilos por dia. Na União Europeia a produção de lixo não pára de aumentar e prevê-se que até 2020 cresça em 50% atingindo por ano cerca de 680 quilos de lixo por pessoa. Esta grande quantidade de resíduos, mesmo quando é recolhida e enviada para eliminação através de deposição em aterros ou incineração, acaba por provocar inúmeros prejuízos ao ambiente e à saúde pública.

Nos países em desenvolvimento a produção de lixo por dia é inferior a 1 quilo por pessoa, sendo mesmo nalguns casos inferior a 300 gramas. No entanto, porque metade da população urbana nos países mais pobres não é servida por sistemas de recolha e tratamento dos seus resíduos, cerca de 5 milhões de pessoas, a maioria crianças, morrem anualmente devido a doenças relacionadas com o lixo.

Portugal nas últimas duas décadas aumentou em 125% a sua produção de resíduos, atingindo actualmente uma produção de 5 milhões de toneladas de lixo doméstico por ano, o que corresponde a mais de 1,3 quilos por dia por cada um de nós. Estes resíduos são na sua maioria colocados em aterros sanitários (63%), sendo os restantes incinerados (21%), reciclados (9%) ou submetidos a um processo de compostagem (7%).

Apesar de ser um tema debatido já há muito tempo, o lixo continua a ser um grave problema cuja solução passa inevitavelmente por todos nós, quer no que diz respeito à prevenção na sua produção quer no esforço cada vez maior que é necessário fazer ao nível da reciclagem.

*Presidente da Direcção Nacional da Quercus

BE, 26-5-2008
 
Os plásticos no mar

Particularmente grave é o lixo que chega aos ribeiros, rios e, por fim, ao mar.

Hélder Spínola*

Para além da contaminação que provoca na água, devido à decomposição da matéria orgânica e à libertação de produtos químicos, o lixo nos ecossistemas fluviais e marinhos tem graves consequências sobre a fauna. O lixo abandonado na água, em particular os plásticos, pode ser confundido com alimento e ser ingerido por determinadas espécies, nomeadamente golfinhos e tartarugas. Um saco de plástico pode facilmente ser confundido com uma medusa e ser ingerido por uma tartaruga marinha levando a que morra de fome devido à obstrução do seu sistema digestivo. A maior parte das tartarugas encontradas mortas e autopsiadas por investigadores portugueses apresentam plásticos no seu sistema digestivo. Para além da ingestão por confusão com os seus alimentos, os resíduos no mar, com destaque para os fios, plásticos e restos de redes, podem ainda se entalar em peixes, tartarugas e golfinhos originando amputações ou levando-os à morte por asfixia.

Estima-se que todos os anos mais de 100 mil toneladas de plásticos sejam deitadas nos oceanos, os quais podem durar centenas de anos antes de se degradarem. Por exemplo, no Pacífico Norte estima-se que existam cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos numa área sete vezes superior à superfície de Portugal. Este problema é responsável, todos os anos, pela morte de mais de um milhão de aves marinhas e de mais de 100 mil mamíferos marinhos no mundo.

A próxima vez que for às compras lembre-se de evitar as embalagens de plástico e em particularmente os sacos.

*Presidente da Direcção Nacional da Quercus

BE, 2-6-2008
 
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