21 junho, 2008
Porto
Cidade
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PORTO E NAGASÁQUI COMEMORAM AMIZADE
JOANA DE BELÉM
Japão é lembrado durante todo o mês de Maio
Ventos do Japão sopram sobre o Porto durante o mês de Maio. Desde 1978 unida a Nagasáqui por um acordo de geminação, a cidade assinala 30 anos de amizade com iniciativas que remetem para o País do Sol-Nascente. A distância ditou que a relação entre as duas cidades-irmãs não seja a mais constante, mas o interesse de muitas entidades públicas e privadas surpreendeu a própria autarquia. "Tínhamos pensado numa semana com algumas iniciativas, mas alargámos face à adesão brutal que suscitou", admite o director municipal dos serviços da presidência.
Não há muitos dados sobre a geminação do Porto com Nagasáqui, diz ainda Manuel Cabral, por isso nada melhor do que ir ao encontro dos que viveram o início desta já longa amizade. Embora ainda sem data ou programa definidos, está anunciada para Setembro uma visita do Presidente da Câmara da cidade nipónica e, já no próximo dia 26, o embaixador do Japão em Portugal chega ao Porto para uma cerimónia comemorativa.
A este encontro não vai faltar Aureliano Veloso. O primeiro presidente da Câmara do Porto [1977-79] eleito democraticamente após o 25 de Abril, pai do músico Rui Veloso, é talvez o maior repositório das experiências vividas no âmbito desta geminação, com frutos que se mantêm até aos dias de hoje .
Não sabe precisar o porquê deste acordo concretizado durante o seu mandato, apenas que a ideia já vinha do executivo anterior "ainda não eleito, da antiga senhora". "O Sobral Torres, que era o vice-presidente, tinha feito uns contactos, mas nunca avançou", conta Aureliano. À chegada do DN, abre fotos de um e-mail enviado de Nagasáqui. Do outro lado da Web está o senhor Takahara, que em 1978 veio ao Porto com a primeira missão, chefiada pelo cônsul honorário de Portugal em Nagasáqui e com quem criou uma longa amizade. "Veio cá umas 35 vezes depois desta primeira vez" e é ele o responsável pelos muitos álbuns de fotografias que Aureliano conserva desses tempos.
Da viagem inaugural a Nagasáqui, cidade da qual ainda hoje lhe enviam recordações, o ex-autarca diz que "impressionou sobretudo a delicadeza, o carinho com que tratam as pessoas que lá vão. Parece que andam sempre à procura de fazer surpresas", conta o também músico - durante a primeira visita dos japoneses ao Porto, levou-os ao Coliseu para um espectáculo de guitarras, onde o próprio Aureliano Veloso actuava. Tanto gostaram que o colectivo musical acabou por viajar duas vezes até ao Japão - a geminação autárquica pode não ter sido das mais frutuosas, mas o mesmo não pode dizer-se dos laços que se estabeleceram em paralelo.
A cidade do Porto está geminada com 16 municípios e tem protocolos de colaboração com outros quatro, modelo este a que a autarquia tem dado prioridade. "Há muito poucas que geram fluxos de movimentos de pessoas e instituições", diz ainda Manuel Cabral, adiantando que "hoje não têm a importância que tiveram há uns anos atrás". Nos últimos seis anos o município não estabeleceu nenhuma genimação, fez protocolos de cooperação com objectivos mais específicos e delimitados no tempo. "Preferimos trabalhar dessa forma", remata o director municipal dos serviços da presidência.
DN, 20-5-2008
JOANA DE BELÉM
Japão é lembrado durante todo o mês de Maio
Ventos do Japão sopram sobre o Porto durante o mês de Maio. Desde 1978 unida a Nagasáqui por um acordo de geminação, a cidade assinala 30 anos de amizade com iniciativas que remetem para o País do Sol-Nascente. A distância ditou que a relação entre as duas cidades-irmãs não seja a mais constante, mas o interesse de muitas entidades públicas e privadas surpreendeu a própria autarquia. "Tínhamos pensado numa semana com algumas iniciativas, mas alargámos face à adesão brutal que suscitou", admite o director municipal dos serviços da presidência.
Não há muitos dados sobre a geminação do Porto com Nagasáqui, diz ainda Manuel Cabral, por isso nada melhor do que ir ao encontro dos que viveram o início desta já longa amizade. Embora ainda sem data ou programa definidos, está anunciada para Setembro uma visita do Presidente da Câmara da cidade nipónica e, já no próximo dia 26, o embaixador do Japão em Portugal chega ao Porto para uma cerimónia comemorativa.
A este encontro não vai faltar Aureliano Veloso. O primeiro presidente da Câmara do Porto [1977-79] eleito democraticamente após o 25 de Abril, pai do músico Rui Veloso, é talvez o maior repositório das experiências vividas no âmbito desta geminação, com frutos que se mantêm até aos dias de hoje .
Não sabe precisar o porquê deste acordo concretizado durante o seu mandato, apenas que a ideia já vinha do executivo anterior "ainda não eleito, da antiga senhora". "O Sobral Torres, que era o vice-presidente, tinha feito uns contactos, mas nunca avançou", conta Aureliano. À chegada do DN, abre fotos de um e-mail enviado de Nagasáqui. Do outro lado da Web está o senhor Takahara, que em 1978 veio ao Porto com a primeira missão, chefiada pelo cônsul honorário de Portugal em Nagasáqui e com quem criou uma longa amizade. "Veio cá umas 35 vezes depois desta primeira vez" e é ele o responsável pelos muitos álbuns de fotografias que Aureliano conserva desses tempos.
Da viagem inaugural a Nagasáqui, cidade da qual ainda hoje lhe enviam recordações, o ex-autarca diz que "impressionou sobretudo a delicadeza, o carinho com que tratam as pessoas que lá vão. Parece que andam sempre à procura de fazer surpresas", conta o também músico - durante a primeira visita dos japoneses ao Porto, levou-os ao Coliseu para um espectáculo de guitarras, onde o próprio Aureliano Veloso actuava. Tanto gostaram que o colectivo musical acabou por viajar duas vezes até ao Japão - a geminação autárquica pode não ter sido das mais frutuosas, mas o mesmo não pode dizer-se dos laços que se estabeleceram em paralelo.
A cidade do Porto está geminada com 16 municípios e tem protocolos de colaboração com outros quatro, modelo este a que a autarquia tem dado prioridade. "Há muito poucas que geram fluxos de movimentos de pessoas e instituições", diz ainda Manuel Cabral, adiantando que "hoje não têm a importância que tiveram há uns anos atrás". Nos últimos seis anos o município não estabeleceu nenhuma genimação, fez protocolos de cooperação com objectivos mais específicos e delimitados no tempo. "Preferimos trabalhar dessa forma", remata o director municipal dos serviços da presidência.
DN, 20-5-2008
Praias do Porto à conquista de bandeiras
JOÃO PAULO MENDES
Primeira Bandeira Azul vai ser hasteada dia 26 na praia do Homem do Leme
Praia do Homem do Leme foi a primeira a ser distinguida. Outras aguardam o estatuto
Se no ano passado todas as praias do Porto entre o Castelo do Queijo e a foz do Douro conseguiram a designação de zonas balneares, este ano os portuenses passaram a ter mais um motivo para não terem de se deslocar até às dos concelhos vizinhos: a do Homem do Leme vai hastear a Bandeira Azul. A cerimónia está marcada para dia 26, apesar da época balnear na região Norte ter sido ontem oficialmente aberta.
Este é o resultado do trabalho de Poças Martins, o homem que desde 2006 assumiu a presidência da empresa municipal Águas do Porto (AdP). Um feito notável se tivermos em conta que ainda há dois anos todas estas praias estavam interditadas.
"Em 1989 escrevi numa publicação do Projecto de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos do Norte que, um dia, haveria praias com Bandeira Azul no Porto", lembrou Poças Martins, recordando que, na altura, isso foi visto pela maioria dos especialistas como algo impensável. "Com muito esforço e trabalho, este ano conseguimos a primeira, e tenho a certeza de que não teremos de esperar muito mais tempo para que todas elas ostentem o símbolo máximo de qualidade", disse ao DN.
A melhoria das águas (considerada boa em todas excepto na do Castelo do Queijo, que na semana de 2 a 6 de Junho tinha a classsificação de aceitável) e areais deve-se sobretudo ao trabalho que a AdP tem feito para ligar todas as habitações ao saneamento, apesar de ainda existirem cerca de sete mil casas em situação irregular, disse Poças Martins, que traçou um objectivo claro: "Até 2009, todas deverão estar ligadas".
Também a colocação de um interceptor de águas pluviais da orla marítima contribuiu para a melhoria das praias. "Um cano com um metro de diâmetro que foi instalado no percurso pedonal junto ao areal e que tem como função proteger as praias das descargas das águas poluídas", afirmou o presidente da AdP. A obra, no valor de um milhão de euros foi feita ao longo de dois quilómetros numa zona rochosa.
Este ano, os frequentadores da praia do Homem do Leme têm à sua disposição novos chuveiros e casas de banho, além da zona de restauração, parque infantil e uma piscina aquecida a energia solar. Além de acessos para deficientes. "Foi intervencionada a pensar nas famílias", disse Poças Martins.
Quanto à praia do Molhe/Gondarém, a ideia foi potenciar o lazer e o convívio, através da recuperação dos espaços públicos e da instalação de uma plataforma para espectáculos. Já a da Foz (Luz, Ingleses e Ourigo), mais diversificada, insere-se no conceito de praia social. Na das Pastoras, será construída uma piscina natural e uma aquecida. E a do Castelo do Queijo está vocacionada para a prática de desportos como o futebol, râguebi e o voleibol.
DN, 16-6-2008
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JOÃO PAULO MENDES
Primeira Bandeira Azul vai ser hasteada dia 26 na praia do Homem do Leme
Praia do Homem do Leme foi a primeira a ser distinguida. Outras aguardam o estatuto
Se no ano passado todas as praias do Porto entre o Castelo do Queijo e a foz do Douro conseguiram a designação de zonas balneares, este ano os portuenses passaram a ter mais um motivo para não terem de se deslocar até às dos concelhos vizinhos: a do Homem do Leme vai hastear a Bandeira Azul. A cerimónia está marcada para dia 26, apesar da época balnear na região Norte ter sido ontem oficialmente aberta.
Este é o resultado do trabalho de Poças Martins, o homem que desde 2006 assumiu a presidência da empresa municipal Águas do Porto (AdP). Um feito notável se tivermos em conta que ainda há dois anos todas estas praias estavam interditadas.
"Em 1989 escrevi numa publicação do Projecto de Gestão Integrada dos Recursos Hídricos do Norte que, um dia, haveria praias com Bandeira Azul no Porto", lembrou Poças Martins, recordando que, na altura, isso foi visto pela maioria dos especialistas como algo impensável. "Com muito esforço e trabalho, este ano conseguimos a primeira, e tenho a certeza de que não teremos de esperar muito mais tempo para que todas elas ostentem o símbolo máximo de qualidade", disse ao DN.
A melhoria das águas (considerada boa em todas excepto na do Castelo do Queijo, que na semana de 2 a 6 de Junho tinha a classsificação de aceitável) e areais deve-se sobretudo ao trabalho que a AdP tem feito para ligar todas as habitações ao saneamento, apesar de ainda existirem cerca de sete mil casas em situação irregular, disse Poças Martins, que traçou um objectivo claro: "Até 2009, todas deverão estar ligadas".
Também a colocação de um interceptor de águas pluviais da orla marítima contribuiu para a melhoria das praias. "Um cano com um metro de diâmetro que foi instalado no percurso pedonal junto ao areal e que tem como função proteger as praias das descargas das águas poluídas", afirmou o presidente da AdP. A obra, no valor de um milhão de euros foi feita ao longo de dois quilómetros numa zona rochosa.
Este ano, os frequentadores da praia do Homem do Leme têm à sua disposição novos chuveiros e casas de banho, além da zona de restauração, parque infantil e uma piscina aquecida a energia solar. Além de acessos para deficientes. "Foi intervencionada a pensar nas famílias", disse Poças Martins.
Quanto à praia do Molhe/Gondarém, a ideia foi potenciar o lazer e o convívio, através da recuperação dos espaços públicos e da instalação de uma plataforma para espectáculos. Já a da Foz (Luz, Ingleses e Ourigo), mais diversificada, insere-se no conceito de praia social. Na das Pastoras, será construída uma piscina natural e uma aquecida. E a do Castelo do Queijo está vocacionada para a prática de desportos como o futebol, râguebi e o voleibol.
DN, 16-6-2008
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