19 junho, 2008

 

Sedução


a arte do embuste



http://pt.wikipedia.org/wiki/Sedu%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wiktionary.org/wiki/seduzir

http://www.amar-ela.com/frases-para-seduzir
http://www.aeiou.pt/pesquisa/index.php?p=seduzir
http://www.mundopt.com/dir/tag/seduzir

http://www.bolsademulher.com/amor/materia/dez_dicas_de_seducao_/4710/1
http://www.artessensuais.com.br/navegue/seducao.asp

Comments:
Sedutores não são todos iguais e escondem tácticas

O dicionário de Cândido de Figueiredo, um dos mais consensuais e prestigiados da língua portuguesa, não dá ao termo 'seduzir' significados airosos. Quando se lê a entrada, lá se explica que seduzir é igual ou semelhante a 'desviar do caminho da verdade', 'fazer cair em erro ou culpa', 'enganar ardilosamente', 'persuadir à prática do mal ou de desvio dos bons costumes', 'desonrar' ou mesmo 'subornar'. Só na última hipótese - e com a advertência de que o significado aí exposto vai em sentido figurativo - é que o Cândido explica que seduzir também pode ser 'atrair, encantar, fascinar, dominar a vontade de'. É sobre este último tomo de sinónimos que a psicóloga espanhola Alejandra Vallejo-Nájera acaba de editar o livro Psicologia da Sedução (editora Espasa, em castelhano), que tenta des- vendar os segredos dos indivíduos que têm, por norma, mais facilidade em atrair o seu semelhante. O livro analisa os diferentes temperamentos dos sedutores, quais os fins que prosseguem e como ultrapassam o medo da rejeição.

"A sedução está relacionada com o êxito no amor mas não só. Seduzimos de cada vez que comunicamos uns com os outros e conseguimos que a pessoa em causa se sinta atraída por nós. Tem uma carga genética, porque há pessoas mais extrovertidas, que conseguem seduzir mais facilmente, e outras que nem tanto. Mas também têm influência as relações precoces com pais, amigos, professores. Até os mais introvertidos aprendem técnicas para conseguir seduzir. E há quem se sirva dessa introversão para os mesmos fins, conseguindo conquistar de uma forma muito original." Estas são algumas das explicações prévias da autora.

Alejandra Vellejo-Nájera, ela própria descendente de uma estirpe de psiquiatras, adianta que existem nove tipos de sedutores, seguindo de perto a classificação primeiramente fixada pelo norte-americano Robert Greene. A questão, que tenta resolver no livro, é qual é o tipo em que cada um se encaixa. "É importante descobrir o que é que nos torna mais atractivos e para quem", avisa. "Para seduzir tem que se conseguir que quem está à nossa frente se sinta lisonjeado e até único, que perceba o que vai obter da relação com o sedutor, quer seja na vida amorosa ou profissional", remata.

A psicóloga reconhece que pôr em prática as técnicas adequadas a cada caso é cansativo porque "requer prestar muita atenção ao outro e satisfazer as suas emoções". "Num mundo em que toda a gente parece ter pressa poucas vezes temos disponibilidade para escutar", assenta. Por outro lado, as técnicas de sedução têm muito que ver com o temperamento de ambos, conforme sejam melancólicos, fleumáticos, sanguíneos ou coléricos.

Para que a relação prospere, Alejandra Vellejo-Nájera desaconselha juntar duas pessoas com temperamentos afins. "Os passivos necessitam da energia de um colérico e nunca um fleumático seduzirá outro, seria muito aborrecido", assegura.

A autora refere que para seduzir não é necessário falar muito de si. "Nem sequer os grandes líderes o fazem, preferindo falar do bem comum, de que têm uma ideia global de felicidade, fazendo-nos sentir importantes", refere. Por outro lado, assegura que a sedução começa logo que se nasce, quando o bebé fascina os pais persuadindo-os a cuidarem dele. E isto quer com o choro quer com sorrisos.

O livro inclui ainda um painel de 'testes' que pretende ajudar o leitor a descobrir o seu tipo de personalidade e, a partir disso, elaborar a estratégia mais adequada para seduzir com êxito.|- M.A.C. com Agências

DN, 13-5-2008
 
A FRONTEIRA TÉNUE ENTRE 'PLÁGIO' E 'INSPIRAÇÃO'

provedor dos leitores
Mário Bettencourt Resendes
provedor@dn.pt

O admirável mundo novo da Internet representou, entre muitas outras coisas, uma nova e fascinante ferramenta de trabalho para os jornalistas. À distância de alguns toques num teclado, acede-se a um manancial de informação diversificada e valiosa - desde que não se dispensem os devidos filtros de credibilidade das fontes.

É hoje prática corrente, na generalidade dos meios de comunicação, a peregrinação regular pela Net, em busca de actualidade que passe à margem das grandes agências e que possa fazer a diferença face à concorrência. Lá se encontram, também, qualificados arquivos e enciclopédias, que permitem aprofundar, enquadrar e desenvolver dados de notícias sobre as quais o jornalista dispõe, muitas vezes, de elementos insuficientes.

A consulta das edições electrónicas de jornais e revistas de outros países é outra formidável fonte de inspiração. Pode, e deve, ser utilizada, desde que, obviamente, se respeitem depois as devidas regras de citação de fontes e que haja uma precaução mínima de adição de produção própria a elementos colhidos noutras publicações. Se assim não for, incorre-se numa prática irregular, que ensombra o seu autor e a publicação que acolhe esse "trabalho".

Ora, o que aconteceu na edição do DN de 13 de Maio, na página de Ciência, parece ser um caso lamentável de cópia ou plágio, que não pode deixar de merecer uma condenação severa por parte do provedor.

Vamos aos factos. A leitora Sandra Ayres levantou a questão, pedindo uma explicação para o facto da peça com o título "Sedutores não são todos iguais e escondem tácticas" (página 33 da edição de 13 de Maio) "dar a sensação de plagiar, de forma pouco disfarçada", uma notícia do diário espanhol El Mundo, publicada a 9 de Maio, também na secção Ciência, sob o título "Secretos psicológicos del arte de la seducción". O pretexto para a notícia foi a publicação de um livro da psicóloga Alexandra Vellejo-Nájera sobre "a arte da sedução".

As suspeitas da leitora apontavam para um episódio de gravidade evidente e, por isso, o provedor, antes de escrever estas linhas, foi particularmente cuidadoso no trabalho de comparação dos textos e solicitação de esclarecimentos. O jornalista Renato Santos, responsável pela página de ciência da edição em causa, transmitiu ao provedor as explicações que colheu junto do autor da peça, Márcio Alves Candoso: "O nosso jornalista teve como ponto de partida o artigo do El Mundo, mas foi aprofundar a matéria no livro de Alejandra Valleo-Nájera, bem como a vários sites, conforme a leitora também pode pesquisar na Internet."

O provedor lamenta, mas a tentativa de explicação não colhe. Infelizmente para o DN, não há dúvida de que a leitora tem razão. As diferenças entre os dois textos são de pormenor: o lead do El Mundo cita a definição de sedução do Dicionário da Real Academia; o do DN recorre ao Cândido de Figueiredo; a partir daí, o DN faz uma mal disfarçada tradução de excertos do artigo do jornal espanhol e não acrescenta rigorosamente nenhum elemento noticioso que não esteja na notícia do jornal espanhol. Como se justifica que, no final do texto do DN, a seguir às iniciais do jornalista (MAC), se escreva "com agências"? Ilude-se, por duas vezes, os leitores, primeiro ao copiar sem citar a fonte e, depois, ao pretender que se utilizaram elementos de "agências" que não se encontram na notícia. A "cereja no bolo" é a foto escolhida para ilustrar a peça: um fotograma do filme E Tudo o Vento Levou, sendo que o do DN é ligeiramente (muito pouco...) diferente do seleccionado pelo jornal espanhol.

Não há escassez de recursos, pressão de horas de fecho ou qualquer outra limitação que justifique tal prática. Afinal, bastaria ter a precaução da citação da fonte e, naturalmente, um outro trabalho de adaptação.

Enfim, um episódio triste (felizmente raro) na história do DN.

DN, 31-5-2008
 
O SALAZARISTA E A QUARENTONA

Pedro Lomba
jurista
pedro.lomba@eui.eu

Não há muito tempo jantei com um grupo heterogéneo. Puseram-me ao centro da mesa e a única atitude acertada era ouvir. Ao meu lado estava o salazarista; à minha frente, a quarentona. O salazarista escrutinava a História de Portugal do último século. Fiquei a saber que foram os comunistas que conduziram Humberto Delgado para a fronteira espanhola e que Salazar entendeu sempre o poder como um serviço sacrificial e transitório. Por ele tinha saído logo a seguir à II Guerra, mas o País ainda precisava e o ditador decidiu que devia continuar.

Sobre o regime actual, apenas uma palavra: não vai durar muito mais tempo. Os portugueses irão perceber, mais cedo que tarde, a importância de uma referência, de um pilar, de um homem de vantagens homéricas. Este regime de liberdade transformou-se num regime de libertinagem. O País está dissoluto.

Escutar o salazarista requer toda uma concentração nos seus processos mentais. Céptico, ainda tento uma negativa, uma nuance, um "mas olhe que". Não vale a pena. O diálogo prolonga-se, percorremos a 1.ª República, falamos de D. Carlos e João Franco (por causa do livro de cartas entre ambos, recentemente reeditado com um prefácio de Rui Ramos, historiador por quem o salazarista nutre sentimentos contraditórios), passamos pelo nosso colonialismo ("exemplar") e acabamos no Portugal "podre" e "exausto" dos últimos anos, onde ninguém se salva, a não ser o salazarista.

Entretanto, a quarentona vai trocando conversa com o companheiro do lado, um sujeito afável mas com um ligeiro ar de secretário de Estado. Até que, de repente (Tchékhov dizia que, na vida, este "até que, de repente" aparece muitas vezes); até que, de repente, a quarentona diz não sei o quê ao secretário de Estado, o secretário de Estado diz não sei o quê à quarentona e a cena acaba com esta a exibir uma tatuagem que tinha nas costas, logo acima dos quadris, um triângulo bem desenhado que lhe conferia uma inequívoca aparência viciosa.

O salazarista vê aquilo tudo e desperta. Todo ele se contorce e agita na cadeira. Apercebo-me então de que o salazarista não quer continuar o curso de História. Agora, só tem mesmo olhos é para a quarentona a quem começa a dirigir perguntas insistentes. Não pensem que o interrogatório se torna desagradável. Não, o salazarista fica interessado no lado liberto da quarentona e não resiste em pôr de lado o seu moralismo devoto para encher a quarentona de todas as mesuras e do que os brasileiros definem, em rigor, de "cantada".

Termino o jantar no paleio com um amigo advogado. Ainda olho uma última vez para o salazarista e para a quarentona, a quem antevejo um grande futuro. Quando os assuntos da biologia dão de si, os da política são os primeiros a voar.

DN, 12-6-2008
 
Manual de regras para o homem português

BÁRBARA CRUZ

O homem ideal está cada vez mais longe da figura do macho lusitano. Para corrigir vícios e maus hábitos do sexo masculino, Paula Bobone volta à escrita de auto-ajuda e explica qual é o caminho do sucesso

Guia de boas maneiras dá a versão feminina do sucesso masculino

Dizia Oscar Wilde que um nó de gravata bem dado é o primeiro passo sério na vida de um homem. E se hoje muitos já dispensam este acessório como sinal da sua sobriedade e distinção, também é verdade que a evolução dos tempos não desculpa o desmazelo nem a falta de boas maneiras.

Observadora sempre atenta da realidade social, Paula Bobone decidiu lançar-se na escrita do livro que faltava: o Manual de Instruções para Homens de Sucesso. Sem querer dar lições, com o objectivo de atenuar as "inseguranças tremendas" dos homens de hoje e "repor a ordem na informação que circula", a já reconhecida autora de best-sellers na área da etiqueta e do social compilou num guia tudo o que a população masculina precisa de saber para triunfar dentro e fora de casa. Porque o homem de sucesso "não é o mais rico ou aquele que mais se evidencia na sua área profissional", garante Paula Bobone, mas a "pessoa amável, de charme, civilizada, que no conjunto com os outros consegue passar uma imagem melhor".

Partindo desta premissa, começou pelas regras básicas da etiqueta, que lhe está rotulada como especialidade, e estendeu--se a todas as situações que continuam a levantar dúvidas de atitude e comportamento, desde a convivência profissional às lides domésticas. Deitou mãos à obra de Freud, defensor da tese de que todos conjugam um lado feminino e masculino, e entregou-se à tarefa de explicar que o homem pode ter um papel activo em sociedade e na família, sem prescindir da sua virilidade. A evitar é sobretudo o culto do macho lusitano arrogante e empedernido, e mesmo o tradicional marialva português, que se ocupa com "a mulher, fado e cavalos", é um vestígio geracional que subsiste apenas em alguns redutos, uma "espécie em vias de extinção".

Não tem problemas em assumir na escrita uma perspectiva feminina, porque afinal "são as mulheres as formadoras da mentalidade dos homens, na educação que lhes dão como mães". Foi o crescente protagonismo social da mulher que levou ao aparecimento de um novo homem: com a independência cada vez maior da mãe, mulher ou namorada, alteram-se vícios, hábitos e maneiras de estar. Segundo a autora, a masculinidade é hoje um labirinto, há cada vez mais tipos de homens (os gourmets, estetas, tradicionais ou celibatários, para citar alguns) e é preciso dar-lhes "uma bóia de salvação" que os impeça de andar à deriva.

O próprio livro foi resultado de um exercício de observação, que começou em casa com o marido, Vasco Bobone, mas se alargou à sua convivência com o sexo oposto: "Há homens que falam comigo e ficam intimidados, nervosos, julgam que sou um juiz avaliador", confessa divertida. Mas recomendaria o seu guia "a muita gente, desde a área da política até aos grandes comunicadores. E também ao jet set português, em peso".

E num manual de boas maneiras para o sexo masculino, mesmo no século XXI, não podia faltar o capítulo dedicado às regras do cavalheirismo. Paula Bobone garante que, a seguir à igualdade, o que as mulheres modernas mais apreciam é ser tratadas com respeito e alguma deferência. Contra-senso? "É, por isso é que tem tanta graça" responde sem hesitar.

Já tem na calha outros projectos: nove anos depois de se ter iniciado na escrita, a actividade de que mais gosta na vida, quer debruçar-se sobre a educação das crianças e não põe de parte um futuro "manual de instruções para miúdas giras". Até lá, aconselha às mulheres a leitura do guia masculino, que também lhes poderá ser útil, e deixa aos homens o aviso, numa nota prévia à leitura: "As vantagens de seguir estas sugestões e obter os benefícios do seu uso não serão pura coincidência." É pôr em prática para comprovar.

DN, 2-8-2008
 
O amor à primeira vista não é possível, mas a paixão sim

por Catarina
 
http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1471994&seccao=Sa%C3%BAde
 
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