02 junho, 2008

 

Vinho


do Porto



http://pt.wikipedia.org/wiki/Vinho_do_Porto

http://www.ivdp.pt/index.asp
http://www.confrariavinhodoporto.com/
http://www.cavesvinhodoporto.com/index.html

http://www.rvp.pt/

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Croft inova e lança Porto 'rosé'

ILÍDIA PINTO

O tradicional e conservador sector do vinho do Porto agitou-se com a chegada do Croft Pink, um novo estilo de vinho. De cor rosé e um aroma muito frutado, o Croft Pink foi lançado no mercado pelo grupo Fladgate Partnership, com o objectivo de alargar a base de consumidores de vinho do Porto, seduzindo um público mais jovem e feminino. Dois meses depois de chegar às prateleiras do Marks & Spencer, no Reino Unido, o produto está a ser "um enorme sucesso", conseguido logo no primeiro mês igualar as vendas do Premium Ruby - o Finest Reserve -, permitindo que o grupo duplicasse as vendas totais nesta cadeia, que passaram de dois para quatro mil caixas mensais.

O Croft Pink foi lançado em Portugal a 14 de Fevereiro, com um contrato de exclusividade, ao nível da grande distribuição, com o grupo Sonae. Começa agora a chegar às lojas e garrafeiras mais especializadas, garantindo Ana Margarida Morgado, directora de comunicação do grupo, que o vinho tem sido "muito bem recebido" pelas centenas de visitantes que diariamente passam pelo Centro de Visitas da Croft. O lançamento nos EUA está previsto para a Primavera, levando mais alguns meses no Canadá, atendendo ao monopólio estatal na importação de bebidas alcoólicas.

Ana Margarida Morgado desvaloriza as reacções negativas - nomeadamente ao nível dos jornalistas da especialidade britânicos e de sectores mais tradicionais em Portugal -, garantindo que "de uma forma geral foram muito mais as reacções positivas do queas negativas". E mesmo essas "são naturais", reconhece, atendendo à dimensão da inovação.

Com o preço de venda de 9,90 euros no mercado nacional (e o equivalente a 13 euros no Reino Unido), foram produzidas 40 mil caixas de nove litros. "O preço de venda do Pink atesta o segmento de qualidade em que se posiciona o vinho", refere Ana Margarida. O Pink é também um produto inovador no método de produção.

Proveniente de uvas tintas das tradicionais castas de vinho do Porto, a forma de obter a cor rosada passa por conseguir uma ligeira extracção de cor, ou seja, com pouca matéria corante da casca da uva. Para isso, depois de um primeiro esmagamento, o mosto não vai à prensa e faz uma meia maceração incompleta. David Guimaraens, enólogo do grupo, explica ainda que "antes da fermentação a frio foi feita uma decantação também a frio para que o resultado final fosse um vinho elegante e frutado".

Jorge Monteiro, presidente do Instituto dos Vinhos do Douro e Porto (IVDP) - a quem cabe zelar pela Denominação de Origem e Certificação dos Vinhos -, diz que "o processo de produção seguido pela empresa respeitou rigorosamente as normas em vigor, em particular o regulamento do vinho do Porto". E refere que o IVDP há algum tempo que, nas acções de controlo aos transportes de vinho entre a Região Demarcada do Douro e o Entreposto de Gaia, vinha detectando com alguma frequência vinhos generosos tintos rosados. "Sentia-se que mais cedo ou mais tarde um exportador de vinho do Porto surgiria com uma proposta de um vinho de cor rosada, em alternativa aos tradicionais Ruby, Tawny ou branco".

O Pink resulta de três anos de trabalho e respondeu ao desafio do director-geral da Croft, Adrian Bridge, à equipa técnica da companhia para que produzisse "um vinho de grande qualidade mas mais ligeiro". Bridge está orgulhoso do Croft Pink e considera que "o sector necessita de inovação de modo a mostrar-se um produto contemporâneo". Deve beber-se fresco ou com gelo e, por isso, quer alterar a sazonalidade do vinho do Porto. Isto é, ser uma opção de consumo em meses mais quentes, quando normalmente o Porto não é opção, ou ser bebido numa esplanada ou bar como alternativa a outras long drinks.

Questionado se esta é a resposta certa para conquistar o público mais jovem, Jorge Monteiro diz que "nunca poderá afirmar-se a priori". Mas reconhece que o Porto é tradicional, sazonal e de difícil apreensão pelos mais jovens. "E até porque sabemos que o segmentos dos vinhos pink é, à escala mundial, o que maior crescimento tem apresentado, poderemos estar perante uma boa aposta."

A Fladgate Partnership, detentora das casas Taylor's e Fonseca, produziu o primeiro branco extra seco em 1934 e o primeiro Late Bottled Vintage em 1970. Este, que hoje é uma das gamas fundamentais do vinho do Porto, só seria reconhecido como categoria nova cinco anos depois.

DN, 4-4-2008
 
Garrafas raras de Porto e Madeira vão a leilão

MÁRCIO ALVES CANDOSO

Preços-base. Há garrafas de vinho cuja licitação inicial atinge 1500 euros

São 269 lotes que sobem à praça na quarta-feira no Palácio do Correio Velho

É já na próxima quarta-feira, dois de Julho, às 21.00, que se realiza em Lisboa aquele que pretende ser o maior leilão de vinhos de sempre em Portugal. Pelo Palácio do Correio Velho (PCV) vão desfilar Madeiras e Portos, a par de vinhos de mesa, na sua grande maioria nacionais, cujo valor mínimo global ascende, segundo os organizadores do evento, aos 45 mil euros.

Distribuídos por 269 lotes, lá se podem encontrar verdadeiras raridades a par de vinhos de consumo de qualidade, destinados quer a coleccionadores quer a apreciadores, a preços-base que podem chegar aos 1500 euros. É o caso de uma garrafa de Companhia Vinícola Madeira Terrantez 1795, avaliada para "começo de conversa" entre os 1000 e os 1500 euros, ou de um Quinta do Noval Vintage 63, a valores idênticos. Oriundos de várias colecções particulares, os vinhos deverão ser vendidos quer a coleccionadores quer a comerciantes ou mesmo ao mercado de curiosos e par- ticulares. Segundo Luís Filipe Gomes, do PCV, em declarações ao DN, os vinhos expostos a leilão pertencem "a pessoas que aproveitam para trocar, ou que precisam de espaço". O público-alvo não é tanto o internacional, embora os Porto e Madeira sejam de entre os vinhos portugueses aqueles que têm mais cotação no estrangeiro.

O presente leilão é o retomar de uma actividade que o PCV tinha interrompido há quatro anos. "A equipa da altura deixou de ter disponibilidade e depois quisemos formar especialistas, o que demorou algum tempo", revela Luís Filipe Gomes. O mesmo responsável não espera "de todo" passar outros quatro anos de hiato. A data da exposição foi, aliás, encontrada não por acaso, mas logo a seguir ao Dia do Vinho (ver texto em baixo). "E também porque olhámos para o stock que tínhamos, achámos que estava na altura, que agora fazia sentido", frisa Luís Filipe Gomes.

Encontrar um valor exacto para um vinho é tarefa quase impossível. Também por isso os preços do catálogo do leilão do próximo dia dois não são valores- -base mas apenas indicativos da própria pesquisa que a equipa do PCV e seus colaboradores externos conseguiu.

"No caso dos vinhos que têm cotação internacional, baseámo-nos também no que outras casas de leilões já fizeram", explica Francisco Peres, um dos enófilos que colaborou com o PCV na organização do evento. "Depois é sempre a notoriedade do vinho, as opiniões favoráveis que vai recolhendo das revistas da especialidade que distinguem e formam o preço", sustenta o mesmo especialista. O estado de conservação, a prova (quando possível) ou o bom estado do rótulo são outros dos métodos para encontrar o valor certo de cada garrafa.

DN, 29-6-2008
 
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