03 julho, 2008

 

Alimentos


enriquecidos



http://pt.wikipedia.org/wiki/Alimento

Comments:
Alimentos enriquecidos são inúteis para a maioria

DIANA MENDES

Comprar um bem essencial, como um litro de leite, pode ser bem mais complicado do que há alguns anos. E tudo porque ao lado das versões tradicionais ganham espaço as versões com cálcio extra ou ómega 3. Os alimentos enriquecidos, de que o leite é bom exemplo, já têm vendas expressivas no mercado, mas há grandes dúvidas quanto à sua necessidade. Nuno Borges, professor e especialista em nutrição, defende que "a maioria das pessoas não necessita deste tipo de fortificação. E se comerem correctamente vão buscar aos alimentos quase tudo o que precisam".

Em Portugal não se sabe ao certo se a população tem algum tipo de carência específica que justifique a fortificação dos alimentos com alguns nutrientes. O que se conhece é um relatório europeu da Organização Mundial da Saúde, de 2000, que refere alguma carência de iodo, ferro ou vitamina D (no Norte da Europa).

Nuno Borges, professor da Faculdade de Ciências de Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto, explica ao DN que "em Portugal há apenas nichos de pessoas que, por razões fisiológicas ou doença, têm razões para tomar estes produtos. A nossa dieta não está associada a grandes carências e, quando há, são muitas vezes resolvidas com nutrientes sob formulação farmacêutica".

Destes nichos fazem parte algumas crianças ou mulheres em idade fértil, a quem se dá ferro, um nutriente mais ausente a nível mundial. A vitamina D, por outro lado, "tem um consumo que não está abaixo do recomendado, embora os valores careçam de revisão. Algumas mulheres e idosos podem ter alguma falta desta vitamina", refere o especialista.

Alguns estudos já desenvolvidos apontam um consumo de fibras abaixo do necessário em homens, embora "possa existir noutras franjas da população. As crianças, que revelam grandes níveis de obesidade, terão é nutrientes em excesso e, quem sabe, alguma falta de fibras", acrescenta.

Apesar de não haver um estudo sobre o nível nutricional da população, Nuno Borges não tem dúvidas em frisar que "não há necessidade de recorrer a produtos fortalecidos porque as carências, quando existem, são muito reduzidas. E estas facilmente são controláveis com a alimentação adequada ou com ajuda médica, como foi já referido.

São estes produtos enriquecidos com cálcio, magnésio, ómega 3, entre outros, que "ditam os lucros às empresas e não os tradicionais. Por isso é importante que as pessoas ganhem conhecimento". Quando se lê um rótulo, não se lê tudo. É o caso dos produtos com ómega 3, uma gordura que tem mais benefícios se tiver origem marinha e não vegetal. Mas comendo mais peixe é possível suprir essa necessidade.

Já os alimentos funcionais, que incluem outros componentes além do valor nutricional, como os esteróis vegetais ou o L Casei Imunitass, são um segmento que está a ser regulado de forma a que os consumidores conheçam exactamente quais os seus benefícios.

DN, 1-6-2008
 
Enviar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?