17 julho, 2008

 

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Exercício físico com menos esforço

PATRÍCIA JESUS

Os aparelhos vibratórios ainda são uma novidade pouco procurada nos ginásios, mas apresentam vantagens para os mais sedentários, pessoas com dificuldades de mobilidade e mesmo na área da fisioterapia
Vibrações estimulam músculos e potenciam os efeitos do treino
Prometem revolucionar o treino no ginásio. Exercitam todos os músculos através de pequenas vibrações, em que o praticante precisa de fazer muito pouco, e acabam com a necessidade de andar a saltar de aparelho em aparelho. São plataformas vibratórias e estão a começar a chegar aos ginásios portugueses, apesar de ainda serem olhadas com desconfiança pela maior parte dos frequentadores.

"É um novo caminho para o treino", diz Rui Henriques, director de actividades do Holmes Place das Amoreiras, em Lisboa. Os aparelhos reproduzem as vibrações, que ocorrem naturalmente quando se faz desporto - "basta realizar os exercícios em cima da placa para estimular os diferentes grupos de músculos de forma mais eficaz do que com treinos com pesos", garante.

Os equipamentos optimizam os efeitos do treino através das vibrações, mas como muitos dos exercícios não requerem sequer movimento, podem ser especialmente úteis para pessoas com dificuldades de mobilidade, como os mais velhos e pessoas com deficiências físicas. É isso mesmo que diz um artigo publicado na revista Current Sports Medicine Reports, do Colégio Americano de Medicina do Desporto: para pessoas jovens e saudáveis, o trabalho nas plataformas apresenta resultados semelhantes a outros tipos de treino, embora com melhores resultados no capítulo da flexibilidade; mas pode ser útil para combater a perda de massa óssea, que conduz à osteoporose. Aliás, a terapia por vibrações já era usada nos anos 70 para ajudar os cosmonautas russos a combater a perda de massa muscular e óssea fruto dos períodos que passavam no espaço.

No entanto, ainda não há provas clínicas de que as oscilações geradas de forma artificial activem os mecanismo neuromusculares que melhoram o rendimento desportivo e sejam úteis na reabilitação, dizem os autores do estudo, que alertam para a necessidade de esclarecer questões como a frequência, número de sessões e até posições mais adequadas para cada caso. Opinião partilhada pelo fisioterapeuta Olímpio Ribeiro, que salienta que os benefícios dependem do uso, dos destinatários e até das frequências utilizadas. Por outro lado, considera que há "evidências práticas da sua eficácia no alongamento dos músculos através do relaxamento".

DN, 29-6-2008
 
Queimar gorduras sem exercício

Descoberta. Novo fármaco ainda fora do mercado

Substância aumenta resistência muscular e permite emagrecer

Poder queimar gorduras e aumentar a resistência muscular através da administração de um medicamento, sem necessidade de fazer exercício físico, está mais perto do que nunca. Investigadores do Instituto Médico Howard Hughes e do Instituto Salk de Estudos Biológicos acabam de desenvolver um medicamento cujas substâncias desencadeiam muitos dos efeitos fisiológicos habitualmente associados à prática de exercício físico, aumentando a capacidade do organismo queimar gorduras . E, portanto, de emagrecer.

O novo medicamento - que foi já testado em ratos - , e o correspondente estudo foraqm divulgados na última edição da revista científica Cell.

"Quando colocamos os ratos perante um pequeno período de exercício físico, quer estivessem ou não sob o efeito do medicamento, todos mostraram uma maior capacidade para correr, mas aqueles a quem foi administrado o medicamento conseguiram correr por mais uma hora", disse o investigador Ronald Evans, do Instituto Salk, citado por aquela publicação. "A substância actua como se enganasse os músculos e os fizesse acreditar de que estão a ser diariamente exercitados", explica o investigador.

Os novos medicamentos, denominados GW1516 e AICAR, estão particularmente indicados no tratamento de pacientes que sofrem de transtornos metabólicos, como atrofia muscular ou outras pessoas incapacitadas que não podem realizar exercício. Os transtornos metabólicos estão, muitas vezes, associados à obesidade.

Para surpresa dos investigadores, mesmo o rato mais sedentário da experiência aumentou a sua capacidade de resistência em corrida em 44%, após quatro semanas de tratamento com o AICAR, o que permite confirmar o aumento substancial da resistência muscular.

O segrego está no aumento de rendimento das células musculares, que, por sua vez, melhoram a capacidade do organismo para queimar gorduras.

DN, 3-8-2008
 
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