10 julho, 2008
Carpooling
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Partilha do mesmo carro para poupar dinheiro ganha adeptos
PATRÍCIA JESUS
'Carpooling'. Já há dois sites para combinar 'boleias' em Portugal
Sistema permite partilhar o carro com pessoas que fazem o mesmo trajecto
A ideia surgiu quando Paulo Gingão estava preso no trânsito no temível IC19, a caminho de Lisboa. No meio de milhares de pessoas sozinhas dentro dos seus carros, devia haver algumas com percursos e horários semelhantes. Se pudesse combinar boleias e partilhar o carro pouparia dinheiro, o ambiente, e ainda teria companhia. O sistema de partilha do automóvel entre pessoas que residem perto e se deslocam para os mesmos sítios, conhecido como carpooling, não é novo mas a Internet veio dar uma ajuda preciosa.
"Nessa altura fazia bastantes vezes a viagem de Lisboa para Sintra e vice-versa e essa foi apenas uma das muitas ideias que me passaram pela cabeça para melhorar as viagens. Dá tempo para pensar em tudo." Mas esta pegou. Com o apoio de dois amigos, Selma Fernandes e Roberto Carvalho, que gostaram da ideia, lançou a primeira versão do site em Agosto de 2007. "Mas não era bem aquilo que nós queríamos, não era simples e fácial de utilizar. Como não resultou bem, nem teve grande adesão, fechámos durante alguns meses".
Entretanto, em Março do ano passado, foi lançado o deboleia.com (www.deboleia.com.) Este site de carpooling funciona através da colocação de anúncios e todos os dias surge uma mão cheia de pedidos.
Mas Paulo, Selma e Roberto voltaram ao projecto e em Março deste ano lançaram novo site no endereço www.carpool.com.pt, desta vez como novas funcionalidades: "incluimos um mapa, uma aplicação do Google, que pode ser usada livremente, para ser mais fácil para os utilizadores, e está a ir muito bem", disse Paulo Gingão em declarações ao DN. Curiosamente o que custou mais não foi pôr o site de pé, conta o informático, mas sim divulgação do conceito.
Agora, já tem mais de mil utilizadores inscritos e quase 600 com percursos configurados. Por enquanto, os gestores ainda não conseguem saber quantos conseguem realmente encontrar parceiros de viagem mas garantem que "há pessoas a partilhar". "Ainda não temos maneira de receber feedback e essa é uma das modificações que queremos fazer," explica Paulo.
Menos um carro na estrada
Nenhum dos projectos tem fins lucrativos, mas Paulo acha que as vantagens compensam. "É um projecto que acarinho. Significa menos um carro na estrada, mais um lugar de estacionamento livre, gasta-se menos dinheiro e ainda se ganha companhia", diz Paulo, salientando o aspecto social do carpooling.
Rui Silva já tinha aderido ao sistema antes de conhecer o site. Há cerca de cinco anos, convenceu um colega de trabalho a partilhar o carro com ele. Os cerca de 30 quilómetros que separam Godomar de Castelo de Paiva são feitos uma semana com o carro do Rui, outra com o carro do colega. "O fumo do cigarro às vezes incomoda mas acabamos sempre por nos entender", explica.
Rui inscreveu-se no site para fazer outros trajectos mais ocasionais mas ainda não conheceu ninguém. Dar ou apanhar boleia de desconhecidos não o assusta. "Acho que é uma óptima ideia e não sinto problemas de segurança".
DN, 9-6-2008
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PATRÍCIA JESUS
'Carpooling'. Já há dois sites para combinar 'boleias' em Portugal
Sistema permite partilhar o carro com pessoas que fazem o mesmo trajecto
A ideia surgiu quando Paulo Gingão estava preso no trânsito no temível IC19, a caminho de Lisboa. No meio de milhares de pessoas sozinhas dentro dos seus carros, devia haver algumas com percursos e horários semelhantes. Se pudesse combinar boleias e partilhar o carro pouparia dinheiro, o ambiente, e ainda teria companhia. O sistema de partilha do automóvel entre pessoas que residem perto e se deslocam para os mesmos sítios, conhecido como carpooling, não é novo mas a Internet veio dar uma ajuda preciosa.
"Nessa altura fazia bastantes vezes a viagem de Lisboa para Sintra e vice-versa e essa foi apenas uma das muitas ideias que me passaram pela cabeça para melhorar as viagens. Dá tempo para pensar em tudo." Mas esta pegou. Com o apoio de dois amigos, Selma Fernandes e Roberto Carvalho, que gostaram da ideia, lançou a primeira versão do site em Agosto de 2007. "Mas não era bem aquilo que nós queríamos, não era simples e fácial de utilizar. Como não resultou bem, nem teve grande adesão, fechámos durante alguns meses".
Entretanto, em Março do ano passado, foi lançado o deboleia.com (www.deboleia.com.) Este site de carpooling funciona através da colocação de anúncios e todos os dias surge uma mão cheia de pedidos.
Mas Paulo, Selma e Roberto voltaram ao projecto e em Março deste ano lançaram novo site no endereço www.carpool.com.pt, desta vez como novas funcionalidades: "incluimos um mapa, uma aplicação do Google, que pode ser usada livremente, para ser mais fácil para os utilizadores, e está a ir muito bem", disse Paulo Gingão em declarações ao DN. Curiosamente o que custou mais não foi pôr o site de pé, conta o informático, mas sim divulgação do conceito.
Agora, já tem mais de mil utilizadores inscritos e quase 600 com percursos configurados. Por enquanto, os gestores ainda não conseguem saber quantos conseguem realmente encontrar parceiros de viagem mas garantem que "há pessoas a partilhar". "Ainda não temos maneira de receber feedback e essa é uma das modificações que queremos fazer," explica Paulo.
Menos um carro na estrada
Nenhum dos projectos tem fins lucrativos, mas Paulo acha que as vantagens compensam. "É um projecto que acarinho. Significa menos um carro na estrada, mais um lugar de estacionamento livre, gasta-se menos dinheiro e ainda se ganha companhia", diz Paulo, salientando o aspecto social do carpooling.
Rui Silva já tinha aderido ao sistema antes de conhecer o site. Há cerca de cinco anos, convenceu um colega de trabalho a partilhar o carro com ele. Os cerca de 30 quilómetros que separam Godomar de Castelo de Paiva são feitos uma semana com o carro do Rui, outra com o carro do colega. "O fumo do cigarro às vezes incomoda mas acabamos sempre por nos entender", explica.
Rui inscreveu-se no site para fazer outros trajectos mais ocasionais mas ainda não conheceu ninguém. Dar ou apanhar boleia de desconhecidos não o assusta. "Acho que é uma óptima ideia e não sinto problemas de segurança".
DN, 9-6-2008
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