11 julho, 2008

 

Cerveja,


cervejeiras e cervejarias...



http://pt.wikipedia.org/wiki/Cerveja

http://www.cervejasdomundo.com/

http://www.cervejacaseira.com/

http://www.superbock.pt/
http://www.centralcervejas.pt/
http://www.cervejacoral.com/

http://www.apcv.pt/asp/

http://confrariacerveja.com.sapo.pt/

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Cervejeiras em crise com queda do consumo

ILÍDIA PINTO

Custos. A inovação dos produtos, embalagens e ocasiões de consumo é a forma que as cervejeiras encontraram para obter a necessária diferenciação que leve um mercado estagnado a disponibilizar-se a pagar mais pelo seu produto. Fogem assim à crise

Cevada e 'gritz' de milho aumentaram 50% em ano e meio

O aumento do preço dos cereais, a par da retracção dos consumidores, está a abalar o mercado cervejeiro nacional. No último ano e meio, a cevada e o gritz de milho sofreram um acréscimo médio do preço da ordem dos 50%, a que se soma o aumento do custo dos combustíveis, factor determinante numa indústria que dependente largamente da força da rede de distribuição para chegar aos pontos de venda. Os preços da cerveja aumentaram, no mesmo período, em média 5% a 10%, obrigando as empresas a encontrar formas alternativas de criação de riquezas. Mas algumas enfrentam momentos difíceis.

Das seis cervejeiras nacionais - duas das quais nas Ilhas -, são as de maior dimensão, e que detêm outras bebidas, as que melhor têm conseguido diluir estes custos na sua estrutura. Até porque não conseguem passar para o preço final a totalidade dos incrementos, nomeadamente nas embalagens, outro factor crítico no sector, pois o aumento do custo da energia faz aumentar o seu preço.

Num mercado em que o consumo de cerveja vem diminuindo, quer em Portugal quer a nível europeu, e onde os movimentos de concentração são uma constante, a solução passa por conseguir optimizações internas. E por inovar, acrescentar valor, conseguir diferenciação. Sem esquecer, claro, a procura de novos mercados, designadamente nos países africanos de língua oficial portuguesa (PALOP).

João Sampaio, director de marketing da Unicer, recusa falar num sector em dificuldades. "É preciso enfrentá- -las e olhá-las como oportunidades. É o que fazemos, inovando no produto, nas embalagens, nas ocasiões de consumo, o que nos permite uma diferenciação face à concorrência, fazendo com que o consumidor esteja disposto a pagar mais pelo produto", garante.

E dá como exemplos alguns dos lançamentos mais recentes da empresa, destacando as duas premium Abadia, "que já concorrem directamente com o segmento de vinhos", ou a XpresS, a cerveja de pressão para casa, que "permitiu evitar o carácter sazonal do consumo". Ou, por fim, a XpresS em versão garrafa, que "concede ao consumidor a hipótese de beber um fino em casa ou à porta da discoteca directamente da garrafa", sublinha João Sampaio.

A estes "pequenos-grandes benefícios" acrescem pormenores como a aproximação da marca Super Bock à música, com um festival anual e um projecto de comunicação preparado para aproveitar as vitórias portuguesas no Euro, ou os santos populares para lançar campanhas apelativas.

Uma estratégia comum aos seus concorrentes, nomeadamente ao que disputa consigo a liderança do mercado, a Central de Cervejas. Nuno Pinto Magalhães, assessor da administração da empresa, lembra que, embora com um enfoque na cerveja, a Central tem um portfólio alargado de produtos, no qual as águas representam 15% das vendas e os refrigerantes 5%. Por outro lado, a inovação "é determinante, criando produtos de maior valor acrescentado", refere, e dá como exemplos a Bohemia, a Bohemia de Ouro ou mesmo a Reserva 1835. Tudo isto a par de uma optimização dos processos para "ganhar eficiências na cadeia produtiva".

O bom tempo, que só agora começou, é fundamental para assegurar que as vendas se mantêm em alta, diz Pinto Magalhães. Patrocinadores oficiais da selecção, os sucessos portugueses no Euro serão também determinantes, não tanto em Portugal, mas sobretudo nos países onde decorrem as provas. Neste caso, na Suíça e na Áustria.

Também a exportação desempenha um papel importante, pela diversificação de mercados. Para a Central, este é um eixo determinante que representa já 10% a 15% das vendas. Destino: PALOP, Austrália, Canadá e comunidades portuguesas espalhadas pela Europa.

Já a Unicer exporta cerveja para 30 países e afecta a essa actividade um quarto da produção. Só para Angola vai 20%. Quando questionado sobre a estagnação do consumo em Portugal, João Sampaio desvaloriza o facto: "O consumo está assim há mais de dez anos e a Unicer continua a ser uma empresa rentável. É preciso ser imaginativo. Além do mais, está estagnado em volume mas a crescer em valor."

Os dados da Nielsen comprovam- -no. Do ano móvel de Fevereiro/Março de 2006, em que o mercado valia 893 milhões de euros correspondentes a 460 milhões de litros passou actualmente a valer 951,8 milhões de euros e apenas 444 milhões de litros. O que corresponde a um consumo per capita de 61,1 litros, muito abaixo dos 78 litros da Espanha ou dos 92 do Reino Unido. Já para não falar dos 116 litros per capita dos alemães, campeões do consumo de cerveja. Abaixo de nós estão países como a Croácia, França, Noruega e Suíça. A questão é que as mulheres portuguesas não bebem cerveja. Em média bebem 12 litros per capita, contra os 25 a 30 litros das vizinhas espanholas.

Em termos de quotas, por valor e analisando o total do mercado nacional, a Unicer detém 52,7%, Central 44,4%, Tagus 1,1%, Cintra 0,3% e as marcas da distribuição asseguram já 0,6%.

DN, 13-6-2008
 
Europeu reacende guerra entre cervejas

PAULA BRITO

As marcas pagam milhões para se associarem a eventos mediáticos como o Euro 2008. E quando aparecem marcas a colarem-se dá-se o confronto. Foi o caso da 'Sagres' e 'Super Bock'

"Patrocinadora é a Sagres", reconhece a Super Bock

Dois anúncios de felicitação à Selecção Nacional pela vitória, quarta-feira, dia 11, frente à República Checa por 3-1 bastaram para a guerra entre as duas velhas "potências" - Sagres e Super Bock - se reacender. Com o "general" da patrocinadora oficial da equipa vencedora, Alberto da Ponte, a anunciar de imediato que vai apresentar queixa no ICAP (Instituto Civil da Autodisciplina da Publicidade).

Ao DN, Nuno Pinto de Magalhães, assessor da administração da Central de cervejas, que comercializa a Sagres, reafirmou ser intenção da empresa "ir até às últimas consequências", caso a Unicer não suspenda a campanha, algo que, disse: "não tivemos conhecimento até ao momento".

Destacando o seu estatuto de patrocinador oficial da selecção nacional no Euro 2008 - tal como o BES, Galp, Modelo e TMN -, desde 1993, o mesmo responsável salientou "um investimento avultado no futebol de 14 milhões de euros, dos quais 8 milhões na activação do apoio à selecção nacional". Daí, que "para nós a atitude da Super Bock ter dado os parabéns à selecção enquadra-se no maketing de emboscada, o que em termos éticos é uma atitude condenável."

E, continua, perante tal facto, "já enviamos carta à Olivedesportos [que gere estes direitos] e à Federação Portuguesa de Futebol, havendo sintonia de posições, que demos também conhecimento aos outros quatro patrocinadores". Nuno Pinto Magalhães rematou dizendo: "trata-se de salvaguardar um espaço que é nosso".

"A Unicer [que comercializa a Super Bock] não vai comentar a posição da Centralcer, por não conhecer exactamente qual é a posição. No entanto, em relação à campanha de Super Bock em causa, salientamos que não se trata de nenhuma colagem à Selecção, até porque nunca o fizemos e reconhecemos que a Sagres é patrocinadora da Selecção", reagiu a empresa em comunicado. Para mais adiante se justificar: "trata-se de um momento de festa, de um momento 'Autêntico', no qual todos os portugueses estão a torcer por Portugal" e a "Super Bock só quer fazer parte da festa e efectivamente acreditamos que não se trata de sorte, trata-se de talento, de acreditar, que somos bons!".

Curiosamente, a Unicer é representante, em Portugal, da Carlsberg, patrocinadora oficial do Euro 2008, com investimento de 2 milhões de euros em publicidade, que assenta no conceito Part of the Game. "A Carlsberg é provavelmente a marca com maior tradição no mundo do futebol internacional, patrocinando a Taça UEFA, a Super Taça Europeia, os Campeonatos Europeus de Futebol e apoiando o Liverpool e a selecção inglesa", refere.

DN, 15-6-2008
 
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