17 julho, 2008

 

CouchSurfing


Basta um sofá!



http://pt.wikipedia.org/wiki/CouchSurfing


http://viajenaviagem.wordpress.com/2007/02/13/couch-surfing-ja-ouviu-falar/


http://www.couchsurfing.com/

http://www.couchsurfing.net/

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"Emprestei o sofá aos hóspedes mas não tinha almofadas"

ANA MARQUES, Sines

'Couchsurfing'. Correr mundo partilhando o sofá de desconhecidos

'Couchsurfing' funciona sem preconceitos e permite férias em conta

Colocada no centro da mesa, a saltibarsciai - sopa fria lituana surpreendentemente cor-de-rosa, acompanhada de ovo cozido e batata salpicada de orégãos - abre caminho a uma conversa multicultural que havia de durar horas. Portugal e a Lituânia estão à mesa, na casa de Helga Nobre, uma jornalista de Sines que se aventurou, aos 33 anos, na sua primeira experiência como couchsurfer, ou seja, alguém que aceita ceder o sofá para uma dormida.

Aurimas e Ieva, arquitecto e webdesigner, também são estreantes nestas andanças - no papel de hóspedes -, mas depressa uns e outros cortam pela raiz eventuais barreiras que uma relação tão recente pode criar.

O encontro com o jovem casal de lituanos, de 25 e 29 anos - apalavrado por mail - aconteceu numa das ruas da cidade, mas logo saltou para a casa da anfitriã, transformada num verdadeiro antro de descoberta cultural de pronúncia inglesa. O que se come lá no Natal, as vantagens de se ser vegetariano, os vinhos alentejanos ou o encanto dos monumentos históricos do Porto e da língua portuguesa condimentaram uma noite por que Helga Nobre esperou com ansiedade e que quis saborear na companhia do filho, de nove anos, para que também ele pudesse "aprender qualquer coisa". "Adoro línguas, tenho muita curiosidade pelas outras culturas e, mais do que conhecer países, gosto de conhecer as pessoas", disse, para explicar a sua entrada na rede de hospitalidade internacional.

Acessível a todos aqueles que tenham a mente suficientemente aberta para acreditar que a relação entre perfeitos desconhecidos pode resultar, a partilha de sofás é também um escape ao turismo convencional e representa uma nova forma de estar "Quando vais para os hotéis sentes-te como um alien", desabafa Aurimas, que, durante a sua estada em Sines, preparou um guisado de legumes, fazendo-se deslizar em peúgas pela cozinha, mostrando estar claramente adaptado ao novo cenário. Para além destas vantagens, acrescenta, as poupanças que o sistema permite - as partilhas não costumam ser cobradas - também contam para a decisão. Na sua condição de anfitriã, Helga tirou da curta convivência a certeza de que a aventura vale a pena e é para repetir. "Percebi que, no fundo, somos todos iguais e que não é difícil receber os outros", afirmou ao DN, embora reconhecendo, entre risos, que houve pequenas falhas: "Dei o sofá, mas não tinha almofadas!"

Ter espírito aberto é condição essencial, mas desenganem-se os que pensam que a rede é só para destemidos. A dúvida sobre o tipo de hóspede é legítima e pode ser amenizada consultando o perfil e referências deixadas por terceiros. Helga, e também Francisco, que viajou para a Hungria para partilhar um sofá dão sempre uma espreitadela ao perfil e acreditam nas boas intenções: "Não penso que alguém me vai dar uma marretada na cabeça", atira Francisco.

DN, 30-6-2008
 
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