03 julho, 2008

 

Criminalidade

juvenil

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Criminalidade juvenil nas áreas metropolitanas vai ter observatório

PAULA FERREIRA

Durante dois anos, a Escola de Criminologia da Universidade do Porto (ECUP) vai fazer o diagnóstico da criminalidade juvenil nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Trata-se do Observatório de Criminalidade Juvenil cuja constituição foi assinada ontem no Governo Civil do Porto. O trabalho será coordenado por Cândido Agra, director da ECUP.

De acordo com o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, que presidiu à assinatura do protocolo, o objectivo é "avaliar os problemas das camadas mais jovens e perceber o que se pode fazer para impedir que entrem na criminalidade". O primeiro ano do trabalho vai servir para fazer o levantamento das estruturas existentes a nível de apoio a jovens delinquentes e um inquérito relativo à vitimização. Ao fim de dois anos será apresentado o diagnóstico global e proposto um plano de actuação.

Embora reconheça que estas medidas se "inserem numa história interminável" - a do crime -, o ministro recusa baixar os braços, uma vez que é "dever do Estado garantir a segurança dos cidadãos".

A escolha dos locais de intervenção deste observatório baseou-se nos números dos últimos relatórios de segurança interna. Uma escolha que Cândido Agra considera acertada, apesar de ainda não haver "um conhecimento científico da realidade". No entanto, admite, "os problemas de criminalidade que ameaçam a sociedade acontecem nos grandes aglomerados urbanos".

Antes, o ministro da Administração Interna assinou com a Câmara do Porto o primeiro contrato local de segurança. O bairro do Cerco foi o local escolhido para fazer perceber os problemas de insegurança daquele bairro, situado na freguesia de Campanhã, uma das zonas mais deprimidas da cidade. É também conhecido por casos de violência e tráfico de droga. "É a escolha que faz mais sentido", afirmou Rui Rio, admitindo que se a equipa que vai avaliar a situação considerar a demolição de um dos blocos habitacionais como forma de melhorar a situação da comunidade, irá equacionar essa solução.

Para já, apenas o Porto tem um contrato local de segurança. O próximo será assinado em Castelo Branco, orientado para a segurança rodoviária. Lisboa deverá igualmente aderir a este tipo de contratos.

DN, 1-6-2008
 
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