11 julho, 2008

 

Dador de órgãos


De um para oitocentos ?


http://pt.wikipedia.org/wiki/Transplanta%C3%A7%C3%A3o_de_%C3%B3rg%C3%A3os

http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/doacao+de+orgaos+e+transplantes/objecao_doacao.htm
http://www.asst.min-saude.pt/Paginas/asst.aspx

http://europa.eu/scadplus/leg/pt/cha/c11578.htm

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DADOR PODE AJUDAR 800

PATRICIA JESUS

Doação de órgãos e tecidos. A escassez de órgãos para transplante é um problema que afecta quase todos os países. Em 2007, Portugal teve 24 dadores por milhão de habitantes, abaixo dos 35 da Espanha, que lidera a nível mundial. Um único cadáver pode, teoricamente, beneficiar até 800 pessoas: córneas, rins e pulmões para dois, um fígado para outro, um coração... e assim por diante

O transplante mais comum é o das córneas
Em 2007, o número de transplantes realizados em Portugal subiu de 673 para 806, mas ainda há listas de esperas para todos os órgãos. O transplante de córneas é o mais comum: realizaram-se 525 no ano passado. O transplante de rim é o segundo (466), seguido do de fígado (266), coração (51) , pâncreas (18) e pulmões (quatro). Em Portugal, como em quase todos os outros países, há uma enorme desproporção entre os órgãos disponíveis e o número de doentes necessitam de ser transplantados. Em 2007, foram colhidos 252 órgãos, segundo a Autoridade para os Serviços de Sangue e Transplantação (ASST). Este número representa um aumento de 25% em relação a 2006, mas ainda está longe de ser suficiente para fazer face às necessidades. A idade média do dador português é de 47 anos e cada um dá em média três órgãos. O rim foi o órgão mais colhido (430), seguido do fígado (199) e do coração (46). Nos tecidos, sobressai a recolha de córneas. No ano passado, Portugal teve 23,9 dadores por milhão de habitantes, abaixo dos 35 da Espanha, que lidera a nível mundial a actividade de procura de órgãos e tecidos para transplante. O chamado "milagre" espanhol resulta de uma organização robusta e mantida durante muitos anos, salienta a ASST. Os tecidos ou órgãos doados podem provir de uma pessoa viva ou de alguém que acabou de morrer. Anteriormente, a dádiva de órgãos só era permitida quando entre dador e receptor houvesse uma relação de parentesco até ao terceiro grau, mas agora já é possível entre casais ou amigos. No entanto, órgãos vitais como o coração só podem vir de alguém que tenha morrido recentemente. Um único cadáver pode, potencialmente, beneficiar até 800 pessoas: teoricamente um dador poderia fornecer córneas para duas pessoas, rins para outras duas, um fígado para outra, pulmões para dois, um coração, etc.

DN, 15-6-2008
 
Idade de dadores de órgãos sobe 150% em 15 anos

DIANA MENDES

Transplantes. Redução de acidentes é a causa

A idade média dos dadores de órgãos aumentou 150% em 15 anos. "Nessa altura, a média era de 20 anos e hoje o dador tem 50", diz Maria João Aguiar, coordenadora da unidade de colheita da Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação. A evolução está ligada à redução drástica dos acidentes de viação, trabalho e domésticos, que vitimavam pessoas mais jovens. Para já, não há escassez, mas o director da unidade de cirurgia cardiotorácica dos Hospitais Universitários de Coimbra, Manuel Antunes, calcula "que dentro de cinco a dez anos possa haver uma redução na colheita" de órgãos adequados a doentes mais jovens.

"Até agora não houve uma mudança súbita, mas a tendência é para começarmos a colher órgãos de pessoas mais velhas", diz Manuel Antunes. Para já, há margem para a colheita de corações e pulmões aumentar. Porém, recorde-se que estes órgãos não se regeneram, o que significa que não serão adequados para todos os pacientes, especialmente mais jovens. Um problema que já começa a afectar os doentes espanhóis que esperam hoje mais tempo por um transplante.

Maria João Aguiar lembra, porém, que "em Espanha 48% dos dadores têm mais de 60 anos e em Portugal só 20% têm essa idade", o que significa que o País não se depara com este dilema. Uma solução é aumentar a colheita em dadores cadáveres mais velhos, uma área onde há muito trabalho a fazer mas já há soluções. "Os órgãos destes dadores são bons e ainda temos 40% de dadores jovens para responder às solicitações".

Noutros órgãos, caso do rim e fígado, a solução pode passar pela doação de um dador vivo. As crianças, por exemplo, encontram órgãos compatíveis sobretudo em dadores pediátricos ou vivos.

Coordenadores em Julho

A médica frisou que a rede de coordenadores hospitalares de doação está "praticamente concluída. Até ao final de Julho já serão conhecidos os 40 coordenadores nas unidades onde a colheita está organizada". Esta medida vai permitir detectar mais rapidamente possíveis dadores e analisar a compatibilidade com doentes em lista de espera. "Se entrar alguém num hospital em morte cerebral, teremos de reagir rapidamente. Até ao fim do ano, vamos formar os coordenadores. Queremos aumentar a colheita. Podemos chegar aos 30 dadores por milhão".

No primeiro semestre de 2008, houve mais um dador de órgãos do que no período homólogo. "É uma boa notícia, visto que conseguimos manter a colheita. Geralmente a uma subida seguia-se uma descida", refere. O objectivo é chegar aos 24dadores por milhão de habitantes.

DN, 23-7-2008
 
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