15 julho, 2008

 

Low


cost



http://en.wikipedia.org/wiki/Low-cost_carrier
http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_low-cost_airlines

http://www.terminala.pt/
http://www.edreams.pt/
http://www.lowcostportugal.net/

http://www.leme.pt/turismo/avioes/lowcost.html
http://www.almadeviajante.com/low-costs/low-cost-portugal.php

http://www.low-cost-airline-guide.com/
http://pt.momondo.com/

http://www.etn.nl/lcostair.htm
http://www.etn.nl/lcosteur.htm
http://www.attitudetravel.com/lowcostairlines/europe/


Camas:
http://www.lowcostbeds.com/


Hight cost:
http://netviagens.sapo.pt/Air/aviao.aspx?gclid=CKHeqoKvwpQCFRKS1QodnhNjGA

Outra opinião:
http://www.tripadvisor.com/

Last:
http://www.ofertasdeviagens.com/

Comments:
"Tenemos un problemita de overbooking"

CARLA AGUIAR texto

Viajante 'low cost'

Nunca pensei que uma simples viagem Lisboa-Madrid-Lisboa pudesse tornar-se numa odisseia. Começou com a entrada alucinada no avião em Lisboa e só terminou na manhã seguinte, depois de a Iberia me ter deixado em terra, graças ao 'overbooking'. Contra todas as expectativas, foi a 'low cost' Vueling a portar-se bem e a Iberia a prevaricar. Mas agora a lei obriga a indemnizar. Uff...

"Tenemos un problemita de overbooking"

Quase perder um avião e ser excluída de outro é muita coisa num só dia

Há viagens fadadas para ficar na memória. É o caso deste percurso Lisboa-Madrid-Lisboa. Acordei às 06.30 da manhã, determinada a combater uma indisposição gástrica do dia anterior e a avançar optimista para o terreno, neste caso aéreo, da reportagem. A tarefa parecia simples, até demasiado: comparar o preço e o serviço das companhias aéreas de baixo custo (low cost) com as de carreira regular, dando o corpo ao manifesto. Ir na Vueling, às 09.40, por 50 euros, e regressar na Iberia sobre as 23 horas do mesmo dia, por 274 euros. Mas neste mundo nada é simples e, como nos lembra a lei de Murphy, quando uma coisa tem a probabilidade de correr mal, provavelmente correrá mal.

Já quase a sair de casa, no Estoril, pensei em levar comigo o passaporte - o que faço religiosamente em todas as viagens -, mas Madrid ali tão perto... não vale a pena, basta o bilhete de identidade, pensei. O táxi apitou. Desci. Em plena hora de ponta entrei na A5, que já fumegava de tanto escape em pára-arranca. Quando chegava a Oeiras olhei, por descargo de consciência, para o bilhete de identidade e foi quando os olhos, incrédulos, quase saíram de órbita. Não podia crer. Olhei uma e outra vez: a validade tinha caducado na semana anterior! Alarmada e com a pulsação cardíaca a acelerar, liguei do taxi para a Vueling, um desses números começados por 800 (em que se paga 70 cêntimos por minuto desde a rede móvel), perguntando se por acaso aceitariam outro título de identidade. "Negativo", falou o cara brasileiro. Ainda se fosse o passaporte, há tolerância, mas o com o BI não.

Em estado de choque, não tive outro remédio que não voltar para trás a buscar o passaporte, não sem antes ouvir o taxista avisar: "ó menina mas o trânsito vai ficar cada vez pior". O senhor Varandas, nos seus 70 e tal anos, é um senhor à antiga, educado e calmo, que detesta stress. Escolheu a passageira errada. Desde que regressámos à auto-estrada - agora sim - verdadeiramente bloqueada, partilhámos juntos um martírio que nos ligará para sempre. Ele ziguezagueando entre as faixas, ganhando alguns metros para os perder a seguir; eu, já muitíssimo atrasada, tentando, sem sucesso, convencer o Vasco (repórter fotográfico), a convencer a senhora do check-in a emitir-me o cartão de embarque por telefone.

Faltavam dez minutos para o encerramento do balcão (na Vueling fecha 40 minutos antes da partida), ainda estávamos imersos numa confusão em Monsanto da qual só saímos quando o taxista, já vermelho como um pimento, se lembrou de um caminho alternativo. A tarifa que comprei não permitia mudanças de voo e, no caso de o conseguir, pagando uma taxa, teria de ser comunicada pelo menos duas horas antes.

Eu já não dizia nada, fazendo um esforço para me manter zen e também para manter o pequeno almoço controlado, ao nível do estômago, o que se tornava cada vez mais difícil, dado o estado de náusea que me dominava desde o dia anterior. O momento de fraqueza chegou quando o senhor Varandas, de cabelo ralo ao vento, entra a grande velocidade na praça do aeroporto, e não tive outra alternativa que não colocar meio corpo de fora da janela e lançar as angústias ao vento, num espectáculo que não prima pelo glamour. Nem houve tempo para ais nem uis. Um minuto depois paguei a conta, o senhor Varandas prescindiu dos trocos e mandou Deus proteger-me. Saí do carro como uma bala de canhão voando pelo aeroporto, abrindo alas entre seguranças mal-encarados. Verde-pálida e tresloucada, cheguei in extremis ao balcão do check-in, 15 minutos para lá da hora limite. Poucos minutos depois já estava a correr novamente enquanto uma voz no altifalante chamava pelo meu nome em tom imperativo.

Não se fala em português Exausta e alucinada, entrei por fim no Airbus 320-200, que em apenas 55 minutos havia de me levar a Madrid, sem poder sequer imaginar o que me esperaria no regresso. Limpinho e moderninho, três assentos para cada lado, o avião prometia uma viagem tranquila. Mas não fora o caso de ser bem relacionada com a língua de Cervantes, não teria conseguido perceber patavina das informações de voo, pois as hospedeiras só falavam castelhano e, mesmo quando se aventuravam no inglês - os espanhóis têm este problema - só conseguiam produzir uma gargalhada geral, pois qualquer semelhança com a língua do senhor Shakespeare parecia pura coincidência. Mas a juventude e simpatia da tripulação, aliada a uma tarifa quase cinco vezes mais baixa do que a concorrente Iberia, ultrapassa rapidamente a descortesia de não se falar em português, o que não sucede na Iberia.

Os passageiros que, naquela quarta-feira, deixavam o avião meio cheio, eram sobretudo homens portugueses e espanhóis, vestidos de fato, falando de negócios, compras de terrenos e dos truques das grandes companhias de distribuição. Mas, claro, havia espaço para todo o género de pessoas, como para uma brasileira mística de voz grave e sonora, que repetia, para todo o avião ouvir, "a inteligência é um corpo astral, tá me entendendo?".

O meu corpo terreno, mal refeito da aventura em terra, não estava particularmente feliz com a turbulência do elemento ar quando a hospedeira passeou o carrinho do pequeno-almoço. Mandámos vir o menu desayuno - mais baratinho - composto por um croisán, um sumo de laranja e um café, pelo qual pagámos 4,50 euros.

No capítulo das refeições, a Vueling não perde na comparação com a Iberia, pois em voos de curta duração, a companhia regular também já só serve snacks a cobrar ao cliente. A maior diferença nota-se ao nível dos assentos, se bem que tudo dependa dos aviões que nos calhem na rifa.

Munida de fita métrica, fiz questão de medir: os assentos da Vueling têm 50 cm de largura, mas apenas 22 cm de distância entre o nosso assento e o do vizinho da frente, o que pode ser particularmente desconfortável para pessoas de estatura alta ou média-alta, em voos longos. O A321 da Iberia, em que regressei a Lisboa, não só tinha assentos mais ergonómicos como o espaço entre assentos crescia para os 29 cm.

Viva Madrid! Ainda presa nas frases profundas da passageira mística, nem me tinha dado conta de que já estávamos a aterrar em Barajas, mais concretamente no Terminal 4, exactamente à hora prevista. Em terra firme, a coisa parecia agora mais real. Toca a abrir o mapa, perceber o funcionamento das máquinas de bilhetes do metropolitano, que em cerca de 20 minutos e por dois euros, nos leva directamente do aeroporto até ao incontornável Paseo del Prado.

Madrid recebe-nos calorosamente com 30 graus, só suportáveis sob a sombra das frondosas árvores e dos bem cuidados jardins que decoram o Paseo del Prado, descoberto agora por excursões de americanos. Por isso mesmo, as horas da siesta resolvemos passá-las no fabuloso e refrigerado Museu Thyssen Bornemisza, onde vimos a recentíssima exposição do pintor surrealista catalão Joan Miró. Respirar a sacralidade dos grandes mestres, como Rembrandt, Cézanne, Van Gogh, Bonnard, Matisse, Kandinsky, Munch e tantos outros é algo que finalmente começa a dar algum sentido à violência da minha manhã.

De caras com o 'overbooking' Seguiu-se um passeio pelo surpreendente Parque del Retiro, uma majestosa mancha verde cujo ex-líbris é um lago que os madrilenos usam como uma espécie de praia, com barcos a remo, alegria e descontracção. Os tons dourados do fim de tarde já pintavam o céu quando começava a ser hora de planear o regresso. Mas não sem antes dar uma passada pela fervilhante Puerta del Sol e aí provar uns típicos montaditos, o único alimento que o meu estômago não rejeitou durante todo o dia.

Desta vez estava determinada a evitar correrias a todo o custo. Por isso cheguei com larga margem de manobra ao Terminal 4, não sem antes passar, ao engano, pelo Terminal 1. Confiante e com o meu melhor portunhol enfrento finalmente a senhora do balcão da Iberia, que me avisa, como se nada fosse: "Tenemos un problemita con el vuelo. Hay una situacion de overbooking". Fiquei muda uns segundos, até que ganhei coragem para perguntar o que é que me ia acontecer exactamente. Disse-me que teria de ficar em lista de espera e rezar para que houvesse desistências ou atrasos de outros voos. As companhias vendem mais lugares do que têm disponíveis, na mira de ter sempre os aviões cheios para rentabilizar as operações, contando com desistências ou adiamentos de datas.

Não havia alternativa a não ser fazer o controle de bagagem de mão e caminhar para a aincerteza, esperando que depois de embarcarem todos os passageiros com os lugares confirmados sobrasse algum para mim. Muito tempo depois e após mudanças de porta de embarque, soube finalmente que estava em 9.º lugar na lista de espera, pressentindo desde então que só por um milagre conseguiria embarcar ainda essa noite para Lisboa. O tempo ia passando e com ele chegavam outros passageiros na mesma situação, como um grupo de israelitas que lançou insultos em hebreu.

Era quase meia-noite quando fomos informados de que não havia nada a fazer. Com o voo completo, tínhamos de nos dirigir a um balcão de apoio ao cliente, que ficava noutro piso, e andar , andar , pedir um voucher de hotel, marcar o bilhete para o próximo dia e voltar a andar e andar para ir ao balcão da facturação onde nos estava prometida uma indemnização de 250 euros. Depois de tamanha odisseia, entre os altos e baixos de uma intoxicação alimentar, pareceu--me justo. Havia ainda que subir e descer, andar e andar até apanhar uma carrinha que nos levaria para um hotel perto do aeroporto. O Vasco foi para a fila do check-in do hotel e eu, no limite das minhas forças, aterrei no sofá do hall do hotel e adormeci.

DN, 22-6-2008
 
TAP cria novas classes para concorrer com 'low costs'

LEONOR MATIAS

Companhia aérea aposta na diferenciação do preço

Diferenciação vai permitir à empresa atingir vários segmentos de passageiros

Desde o início do mês de Junho que a TAP tem novas classes - executive, plus, classic, basic e discount, com o objectivo de acrescentar mais qualidade ao serviço prestado, oferecer maior flexibilidade e variedade de escolha e sobretudo apostar na diferenciação de preço.

As maiores diferenças notam-se ao nível da classe executive, nomeadamente no serviço que é prestado em terra, dispondo os passageiros de um novo espaço Premium (Premium Customer Center), no aeroporto da Portela, onde os passageiros da classe executiva, ou detentores dos cartões Gold do Programa Victoria e do cartão TAP Corporate passam a ter um atendimento em zona reservada.

Este novo espaço, localizado no Terminal 1, logo à entrada das partidas, vai oferecer aos passageiros uma maior rapidez e eficiência antes do embarque, disponibilizando um check-in diferenciado e ainda a possibilidade de tratar de qualquer assunto relacionado com a viagem num único local.

A criação do novo espaço Premium contribuirá para o reforço do tráfego business no Aeroporto de Lisboa e reflecte a aposta que a companhia aérea tem vindo a fazer no segmento das viagens de negócio, tendo criado um conjunto de produtos e serviços direccionados a este perfil de passageiros, que valorizam conforto, rapidez e flexibilidade.

Os passageiros premium da TAP vão ainda passar a dispor a partir deste mês de um novo lounge e os detentores de bilhetes das classes Plus passam a deter uma zona de check-in exclusiva, situada onde anteriormente ficavam os balcões da executiva.

António Monteiro, porta-voz da companhia, disse ao DN que a nova segmentação procura atingir vários objectivos e posicionar a TAP em vários segmentos e atingir passageiros com diferentes perfis, desde o topo até ao passageiro que quer voar com preços muito baixos. Neste segmento, a TAP procura fazer concorrência às low cost, com algumas diferenças. São permitidas alterações nos bilhetes e o passageiro tem direito à refeição servida na económica, sem ter de pagar, como acontece nas companhias de baixo custo. Atendendo a que se destina a combater as low cost, que por natureza apenas operam em rotas de médio curso, também o novo serviço da TAP de segmentação do produto, designado por "Embarque na liberdade de escolha", só está disponível nos voos de médio curso da companhia.

Permite, por exemplo, que num voo Lisboa-Londres-Lisboa um passageiro pague 187,58 euros pela tarifa discount, 234,58 pela basic e 482,58 euros pela classic. Mas restam ainda duas alternativas. A tarifa plus, pela qual pagaria 916, 58 euros e a executive, cujo atendimento personalizado lhe acarretaria o custo de 973,23 euros. Os preços incluem taxas e referem-se a uma viagem para Setembro.

DN, 4-7-2008
 
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