29 julho, 2008

 

Vacinas


e vacinação




http://pt.wikipedia.org/wiki/Vacina%C3%A7%C3%A3o


http://www.min-saude.pt/portal/conteudos/informacoes+uteis/vacinacao/vacinacao.htm

http://www.saudepublica.web.pt/05-PromocaoSaude/051-Educacao/vacina.htm

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Cinco mil crianças falham vacinação todos os anos

DIANA MENDES

Programa de Vacinação atinge 95% das crianças portuguesas, dados muitos positivos para a DGS. Alguns médicos referem que há mais casos de pessoas a optar pela não vacinação porque consideram haver mais riscos que benefícios. Várias associações pedem melhor acesso à informação

Grupos criticam falta de dados sobre riscos

Pelo menos cinco mil crianças falham todos os anos o plano de vacinação. Ou por questões religiosas, ou por desleixo dos pais ou até mesmo por opção, porque os progenitores não concordam com as vacinas. Para a maior parte dos portugueses, a vacinação das crianças já é algo enraizado, o que explica que 95% das crianças cumpram o estipulado no Programa Nacional de Vacinação, segundo a Direcção-Geral da Saúde. De fora, ficam 5% dos 100 mil nascimentos anuais, o que perfaz um pouco mais de cinco mil crianças. Os números são estáveis há anos, mas há cada vez mais pais a questionar até que ponto é que algumas ou todas as vacinas são verdadeiramente necessárias. Para alguns médicos, há atitudes radicais ou desinformadas; para outros, é uma escolha a que apenas alguns têm acesso, visto que falta informação.

Em Portugal não há dados relativos às razões que levam os pais a não vacinar as crianças. Mas a taxa de 95% é um indicador de sucesso na opinião dos profissionais de saúde. Graça Freitas, subdirectora-geral da Saúde, disse ao DN que "há casos em que essa percentagem sobe a 96% ou 97%". O número não tem variado nos últimos anos, "porque fazemos tudo para que não haja variação. E este valor dá-nos segurança. Se deixarmos de vacinar há doenças que podem reaparecer".

As vacinas visam controlar o aparecimento de doenças e erradicá-las. Os efeitos adversos são reduzidos, porque "não há licenciamento senão forem seguras", diz Graça Freitas. A OMS calcula que três milhões de vidas sejam salvas por ano graças à vacinação.

Estas posições são já sobejamente conhecidas, mas começam a surgir grupos e associações europeus que lutam para que as pessoas tenham acesso a mais informação e façam uma escolha mais consciente. Juan Manuel Marín, médico espanhol e membro da Liga para La Libertad de Vacunación, questiona alguns argumentos das autoridades de saúde. "Diz-se que, se não fossem as vacinas, algumas doenças não desapareciam. Mas isso não é totalmente verdade. As condições higieno-sanitárias determinam essa redução". A Liga faz parte do European Forum for Vaccine Vigilance, que tem entregue dossiês sobre os efeitos adversos das vacinas bem como propostas a Estrasburgo. Os riscos das vacinas e os efeitos a longo prazo não são divulgados, garante. Apesar de a vacinação não ser obrigatória em Portugal (excepto tétano e a difteria), há pessoas que dizem ser mal informadas sobre os contras.

O médico garante existirem "alterações ao sistema imunológico, que passa a produzir menos anticorpos. E o facto de as crianças receberem muitas vacinas aumenta a incidência de alergias". Alerta ainda para os efeitos tóxicos provocados por algumas substâncias das vacinas.

DN, 21-7-2008
 
Vacinas dadas sem consulta dos pais

DIANA MENDES

Direito à escolha informada não é respeitado

Nas unidades hospitalares, crianças recebem logo duas vacinas à nascença

Os hospitais e as maternidades portugueses estão a dar logo à nascença duas vacinas aos bebés. Neste processo, raramente é pedida autorização aos pais, apesar de a vacinação não ser obrigatória. De acordo com Manuela Tavares, médica de clínica geral em Lisboa, "as vacinas da hepatite B e BCG são administradas logo à nascença e só em casos excepcionais os pais são consultados. Em todos os actos médicos tem de se pedir autorização ao doente". E a vacina não é excepção.

A vacinação é gratuita e recomendada por entidades como a Direcção-geral da Saúde (DGS) e Organização Mundial de Saúde. "Recomendações não têm peso legal. E não perguntam aos pais se querem o bebé vacinado", refere a médica. O DN contactou uma médica da Maternidade Júlio Dinis, no Porto, que confirmou que a decisão cabe ao médico. "Há indicações da DGS para darmos logo as vacinas, por isso geralmente não perguntamos aos pais. Só não as damos se eles recusarem ou se houver contra-indicações", diz a pediatra Alexandra Almeida.

Tal como o DN noticiou esta semana, há cada vez mais pais a optar por não vacinar as crianças, embora haja outras razões para que cinco mil crianças não sejam imunizadas todos anos, sejam elas de ordem médica ou por desleixo. No entanto, esse direito à escolha não é bem visto pela sociedade nem pela comunidade médica. Manuela Tavares considera que "as vacinas são vistas como algo universal que ninguém questiona. Quando um pai diz que não quer, é visto como desleixado e pouco informado", lamenta. E acrescenta que "os centros de saúde têm de modificar a forma de agir com os doentes".

A médica assume que não é a favor nem contra as vacinas, mas que os riscos e benefícios devem ser discutidos. "Temos de acompanhar os tempos. Eu ouço o que os pais dizem e aceito as opções". Uma das posições que admite não compreender, e que já é natural em países como a Alemanha, é a necessidade de se vacinar as crianças bem cedo. "Até aos dois anos, o sistema imunológico das crianças está a ser formado, por isso acho que se podia vacinar mais tarde". Nada impede, aliás, que isso se faça, "mas os centros de saúde são inflexíveis e pedem explicações".

Cerca de 95% das crianças são vacinadas, um indicador que a DGS considera ser um sucesso e uma garantia de que as doenças sejam controladas ou erradicadas. Mas a escolha consciente ainda é penalizada em Portugal. A médica avançou ao DN casos de pais que foram considerados negligentes devido à sua escolha.

DN, 24-7-2008
 
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