10 julho, 2008

 

Viagens


e percursos



http://www.portaldocidadao.pt/PORTAL/pt/Dossiers/DOS_viajar+fora+de+portugal.htm

http://europa.eu/abc/travel/index_pt.htm


http://www.paraviajar.net/

http://www.joaoleitao.com/viagens/

http://www.virtualtourist.com/

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Preparar as viagens com o médico

PATRÍCIA JESUS

Medicina de viagem. O sol, o calor e a humidade não devem ser as únicas preocupações de quem planeia passar férias fora do País. Os destinos da América Latina, África e Ásia são cada vez mais populares, mas oferecem riscos para a saúde que não devem ser ignorados

Diarreia é a mais normal. Malária é a que mais preocupa

Nos 40 destinos turísticos mais procurados no mundo estão pelo menos dez países que podem ser considerados em vias de desenvolvimento e onde o risco de contrair uma doença é elevado. Para quem viaja para fora da Europa, muito antes de preparar as malas, e até de tratar do passaporte, é necessário fazer uma consulta de medicina de viagem.

"Todos os destinos tropicais e subtropicais exigem precauções, porque quando saímos do nosso País não estamos imunizados contra as doenças mais comuns nesses países. Mesmo os imigrantes que vivem muitos anos em Portugal perdem a imunização", explica Rosa Teodósio, do Instituto de Higiene e Medicina Tropical, salientando que os migrantes são mesmo um dos grandes grupos de risco.

Para perceber os riscos de cada viagem, o destino é um ponto fundamental, mas o tipo de viagem também é importante. "Um turista que vai oito dias para um resort não está exposto aos mesmos riscos que uma pessoa que vai de mochila às costas percorrer um país durante um mês", diz a especialista.

Qual é então o perfil do viajante que corre mais riscos? Pessoas com menos de 30 anos, os que vão para os destinos exóticos e preferem viagens de aventura, os que viajam sozinhos, por períodos longos, os que nunca viveram fora do País ou não estão habituados a viajar.

Por outro lado, os que não fizeram aconselhamento antes da viagem e os que não têm as vacinas em dia também enfrentam mais riscos. "Por exemplo, a vacina do tétano qualquer pessoa deve ter, mas muitos adultos esquecem-se de fazer o reforço e por isso temos de perguntar."

Vacinas

As únicas vacinas que podem ser exigidas a um viajante são as da febre- -amarela, em alguns países de África, e da meningite antimeningocócica, na Arábia Saudita. Mas em países onde há risco de contágio de febre-amarela, mesmo que a vacina não seja exigida, deve ser tomada, alerta a médica.

"O esquema de vacinas tem de ser adaptado a cada indivíduo: além do destino e tipo de viagem, temos de pesar a história clínica do viajante. A maior parte da população portuguesa está imunizada contra a poliomielite, por exemplo, mas se for viajar por uma área onde a doença é endémica é aconselhado um reforço. Além disso, estamos atentos aos surtos que afectam cada país a dada altura. É por isso que tem de haver consulta do viajante, as pessoas não podem ir a um site e depois à farmácia."

Por outro lado, o turista tem de ser responsável durante a viagem, salienta Rosa Teodósio. Seguir as regras da higiene alimentar, por exemplo, é fundamental e segundo alguns estudos mais de 90% dos turistas sucumbem às tentações gastronómicas.

Isto porque se a doença que mais preocupa é a malária, por ser a mais grave, a mais frequente é a diarreia do viajante: afecta 30 a 80% dos turistas. Para evitá-la, é essencial ter cuidado com o que se come e com o que se bebe. O conselho serve para evitar doenças mais graves como a febre tifóide ou a cólera.

"Nalgumas viagens recomendo um seguro e se vão para locais mais remotos que levem farmácia de viagem", diz a médica, que conta que já teve alguns viajantes que acabaram por mudar de destino por não quererem tantas preocupações nas férias.

DN, 8-6-2008
 
Viagens de luxo é com ela

JORGE FIEL

Quer ver gorilas em liberdade? Aquilo que tem a fazer é ligar a Diana Rawes. Em menos tempo que o Diabo leva a esfregar um olho ela faz-lhe um programa por medida. Terá de ir ao Uganda e estar preparado para gastar bom dinheiro e fazer jornadas de sete horas de marcha rápida. É que os gorilas nunca param quietos!

Clientes da Garland Luxury Travel gastam em média mais de dois mil euros por viagem

À partida, parece uma péssima ideia abrir uma agência de viagens numa altura em que quase toda gente se habituou a marcar férias pela Net. Mas Diana Rawes sabia bem o que estava a fazer. A Garland Luxury Travel não é uma agência igual às outras. Especializou--se em viagens de luxo, que não se encontram nas brochuras dos operadores turísticos que operam em Portugal.

Ela faz tudo à medida. Se lhe aparece um cliente que quer ver gorilas em liberdade, recomenda-lhe logo o Uganda, mas adverte-o para a exigência física do safari. "Os gorilas nunca estão quietos muito tempo no mesmo sítio. Estão sempre em movimento. Para os apanhar, é muitas vezes preciso fazer marchas rápidas de sete horas."

A agência está instalada no primeiro andar de um edifício do grupo Garland (controlado pela família de Diana), no n.º 10 da Travessa do Corpo Santo, no Cais do Sodré. É um espaço amplo com pouco mobiliário - a incontornável mesa de reuniões, duas secretárias (a outra é a da Inês, a sócia de Diana), uma estante com guias DK e Lonely Planet com aspecto de terem sido muito manuseados, fotografias de paisagens exóticas coladas nas paredes - e uma mesinha com documentação e uma vela acesa junto a um fotografia do Dalai Lama. Tudo muito zen.

Filha de pai inglês e mãe portuguesa, Diana estudou em Inglaterra e quando em 1996, com 22 anos, veio passar as férias a Lisboa, depois de ter acabado o curso, não lhe passava sequer pela cabeça ficar por cá. Estava um tudo-nada assustada com a mentalidade portuguesa e por isso era para ela muito claro que iria viver em Londres.

O Verão lisboeta revelou-se uma seca. Passou-o a enviar mailings na Garland. Mas Diana não só percebeu que o que estava a fazer tinha de ser feito como ainda por cima mudou de ideias, adaptou-se à mentalidade, e deitou âncora em Lisboa - não nos mailings, mas no departamento de cruzeiros.

No início não foi fácil. À época, os cruzeiros ainda não estavam na moda, eram caros e recaía sobre eles o estigma de serem coisa para velhos. Diana conseguiu levar a bom porto a sua tarefa usando o seu princípio número um - "Para arrancar dinheiro a alguém é preciso conhecer bem o produto que se está a vender" -, que afinal não é mais do que uma reformulação da velha teoria do camoniano saber de experiência feito.

"Havia dez companhias com ofertas diversas. A Carnival, por exemplo, era conhecida como a Las Vegas flutuante, os passageiros tinham uma média de idades e era capaz de ter passadeiras vermelhas e as paredes pintadas de cor-de-rosa."

Foi por causa do 11 de Setembro que Diana alterou a sua rota. Imaginou que um barco no meio do oceano com três mil americanos lá metidos dentro era o alvo ideal para um grupo terrorista. O negócio dos cruzeiros iria ao fundo se acontecesse um atentado destes. Temendo a eventualidade deste naufrágio, optou por águas mais seguras - na verdade por terra firme... - e começou a vender safaris no Quénia e na Tanzânia.

Correu as melhores feiras de turismo, munindo-se dos contactos indispensáveis para a sua oferta ser diferente da até então existente. "Não queria vender excursões de autocarro cheio, tipo tudo ao molho e fé em Deus. Não "queria circo e Jardim Zoológico". No primeiro ano, a coisa não correu bem. "As pessoas desconfiam de tudo o que é novo", mas aos poucos as coisas foram-se endireitando, dando-lhe razão.

"Eu não estava enganada. Em Portugal havia uma necessidade de satisfazer as pessoas que não olham a orçamentos, o que querem é fazer uma viagem fantástica!" Quando confirmou que o projecto tinha pernas para andar, criou a Garland Luxury Travel, uma agência que não quer ter muitos clientes. Nunca mais de 280 por ano, pois precisa de ter tempo para lhes dar toda a atenção.

As coisas funcionam assim. O cliente telefona a dizer que quer ir passar o fim de ano com a família, ao todo, são cinco, fornece as datas e, sim, gostam de África. Diana conversa com ele e desenha uma viagem ao Botswana, safari incluído, exclusivo para esta família. As viagens de incentivo são outro nicho em que actua. Uma marca de automóveis pediu-lhe sugestões para uma viagem de uma semana para 16 pessoas, com um orçamento generoso: dez mil euros por cabeça. Diana acabou por apresentar seis programas alternativos, todos eles recheados de ingredientes tão surpreendentes como um pequeno-almoço à porta do Taj Mahal, um safari de balão na Namíbia ou uma ilha privada na Seicheles. Tudo cheio de mimos, aviões particulares e toalhinhas frescas e bebidas de coco oferecidas de hora a hora.

Andar com os clientes ao colo é um traço distintivo da agência de Diana. Ela não poupa nos detalhes. O motorista que vai esperar os clientes ao aeroporto é o mesmo que os foi buscar a casa no dia da partida. "Depois de uma viagem cansativa, as pessoas gostam de à chegada ver uma cara conhecida", explica Diana, que tem o telemóvel disponível 24 horas por dia, sete dias na semana, para ajudar a resolver todos os tipos de problemas dos clientes em viagem, desde o secador que não funciona até à dificuldade em encontrar a saída no aeroporto de Banguecoque.

Luas-de-mel, despedidas de solteiro/a e escapadas de fim-de-semana são os novos produtos que a Garland Luxury Travel está a formatar.

Os princípios são sempre os mesmos. Produtos desenhados por medida, adequados aos gostos e características de cada cliente, e sugestões de destinos que Diana e Inês já conheceram. Para elas, uma coisa tão boa como viajar é trabalho. "Nunca faço viagens que não sejam de trabalho. Estou sempre a olhar para as coisas com um ar crítico. Para descansar, vou para uma casa que tenho na serra dos Candeeiros", sublinha.

DN, 19-7-2008
 
Porto de Lisboa recebe maiores paquetes do mundo

LEONOR MATIAS

A capital acolheu já 140 navios de cruzeiro e deve receber mais 169 até ao final do ano

Lisboa entrou definitivamente na rota dos navios cruzeiros. Até Junho deste ano, o porto de Lisboa recebeu 140 navios e prevê-se a atracagem de mais 169 até Dezembro, que, na sua capacidade máxima, transportam mais de 252 772 passageiros.

As escalas dos cruzeiros em Lisboa são sempre boas notícias para o comércio da Baixa, um dos locais onde se concentram os turistas que desembarcam. Sintra é outra zona no roteiro para os city-breaks e Fátima é o destino mais longínquo. Em regra, os paquetes entram no Tejo de manhã com toda a sua sumptuosidade e largam ao fim da tarde, parecendo autênticas cidades flutuantes.

Dados da Administração do Porto de Lisboa (APL) indicam que Setembro será o mês com maior número de escalas - 47 no total, e que na sua capacidade máxima transportam 65 516 passageiros. Agosto será um mês mais calmo, com 29 escalas, e em Outubro estão previstas 32 atracagens em Lisboa.

Entre Agosto e Outubro, a capital vai receber os maiores navios cruzeiro do mundo. O Independence of the Seas, considerado o maior navio cruzeiro da actualidade, com capacidade para 4375 passageiros, vai escalar Lisboa sete vezes nos próximos três meses - duas em Agosto e em Setembro e três em Outubro. Enquanto o Royal Caribbean Internacional visita a cidade por dez ocasiões.

Entre Novembro e Dezembro, a actividade vai abrandar, embora o porto seja escalado por 33 navios em Novembro, mas os navios terão menor capacidade. Para a APL, a maior particularidade na actividade de cruzeiros em Novembro prende-se com o facto de ser o mês com maior número de navios a começar ou a terminar o cruzeiro em Lisboa. O Rotterdam, o Wind Spirit, o Wind Surf, o Crystal Serenity, o Wind Star, o Discovery e o Insígnia irão, durante o mês de Novembro, desembarcar ou embarcar em Lisboa um total de 5210 passageiros. A maioria são estrangeiros, que irão ficar hospedados nos hotéis da capital. Em regra, os passageiros dos navios cruzeiros são turistas com maior poder de compra que optam por unidades de quatro ou cinco estrelas.

Novembro ficará como o mês em que o emblemático navio Queen Elizabeth II se despede dos cruzeiros e ruma em direcção ao Dubai. Mas Lisboa recebe até final do ano, e pela primeira vez, sete navios: o Carnival Splender ( 6 de Julho), o Minerva da Swan Hellenic (Agosto), o Aidabella (Setembro), o Alexander Von Humbolt II e o Empress (Outubro) e o MSC Fantasia e o italiano Costa Serena (Dezembro). No último mês do ano, a actividade cai para metade, com 15 escalas.

Durante os primeiros seis meses do ano, o porto de Lisboa recebeu 140 escalas, mais 37 que em 2007.

DN, 25-7-2008
 
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