31 agosto, 2008

 

Campismo


de volta à natureza?




http://www.roteiro-campista.pt/

http://www.fcmportugal.com/

http://cabanavc.com/campismo.html


Portaria n.º 1320/2008, D.R. n.º 223, Série I de 2008-11-17
Presidência do Conselho de Ministros e Ministérios da Economia e da Inovação e da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas
Estabelece os requisitos específicos de instalação, classificação e funcionamento dos parques de campismo e de caravanismo

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Campismo com quebras de ocupação superiores a 10%

ROBERTO DORES

Turismo. Lotação dos parques não vai além dos 80%

Agravamento do custo de vida justifica corte nas férias

A crise já chegou ao campismo. Os parques da costa Alentejana e Algarve apresentam uma quebra entre 10 e 15% relativamente ao mesmo período de 2007 e a Norte estão muito longe de esgotar. Os responsáveis ouvidos pelo DN justificam a quebra com as ofertas e preços competitivos vindos do estrangeiro, mas também garantem que o agravamento do custo de vida está a levar os portugueses a reduzir para metade o número de dias de férias.

Luísa Matos, que juntamente com três amigas alugou um bungalow durante este fim-de-semana no parque da Galé (Grândola) - está com cerca de 80% de lotação -, à ordem de 80 euros por dia, garantiu que no início do milénio chegou a passar férias por um período de 20 dias. "Eram, claramente, outros tempos. Agora não há dinheiro para estes luxos. Vimos quando podemos e o resto das férias são em casa", dizia resignada esta residente em Lisboa, não escondendo as saudades das quinzenas de Agosto que passou "nos melhores hotéis do Algarve."

Num patamar mais modesto, Lina Pereira e Hugo Machado também aproveitaram o fim-de-semana para armarem a tenda. Tinham acabado de chegar de Setúbal com a família. "Vimos para aqui desde 2003. Mas cada vez vai sendo mais difícil. As coisas estão muito caras", explicava Lina, admitindo que a opção por hotéis "está completamente posta de parte. Se o campismo já é caro, imagine o resto".

Catarina Ataíde Rocha, da gerência do parque, admite que a crise se faz sentir, sobretudo, nos dias de semana. "Sábados e domingos conseguimos chegar a valores do ano passado, onde já houve uma quebra face a 2006, mas nos dias úteis é mais complicado", admite a responsável, revelando, contudo que os bungalows estão reservados até à primeira quinzena de Setembro. Uns quilómetros mais abaixo, fonte da administração do parque de Santo André revela que a taxa de ocupação tem chegado aos 75% nos fins-de-semana, mas de segunda a sexta-feira é inferior a 50%. "A questão é que em anos anteriores andávamos sempre na casa dos 70%", sublinhou a mesma fonte.

A tendência mantém-se em Vila Nova de Milfontes (Odemira), com uma ocupação de 60%, quando nos primeiros dez dias de Agosto costuma estar esgotado. O gerente António de Sousa diz que "acabaram os tradicionais 15 dias de férias."

No Algarve, apesar de algumas filas que se registaram ontem no parque de Monte Gordo (Vila Real de Santo), a ocupação atinge quase os 100%. Mas já o parque de Canelas, em Armação de Pêra (Silves) encontra-se "com uma quebra na ordem dos 20%" face ao mesmo período de 2007. "As pessoas não têm dinheiro. Normalmente vinham de férias 15 ou 20 dias e neste momento ficam dez a 12 dias", disse Fernando Pinheiro, director-geral. Oitenta por cento dos utentes são portugueses, a que se juntam alguns emigrantes. Neste parque a diária custa 30 euros a um casal com filhos.

A Norte também não se registam lotações esgotadas nos parques de campismo do Alto Minho nem uma especial procura nesta altura do ano. Em Vilar de Mouros, o parque está a 40% da capacidade máxima, número igual ao ano passado. Nos próximos dias, a previsão é de encher devido à entrada no mês de Agosto. Em Viana do Castelo, o parque do Cabedelo está com mais de 60% de ocupação. No distrito de Braga, os parques também ainda não tem lotação esgotada. "O tempo não tem ajudado muito", diz Isabel Pereira, do parque de Campismo da Cabreira, em Vieira do Minho. "Em Abril e Maio do ano passado já tínhamos gente. Este ano, os campistas começaram a vir mais a partir de Junho", afirma Isabel Pereira. Já na cidade de Braga, o Camping Parque da Ponte atinge 40% da lotação. Também aqui garantem ter menos gente do que nos outros anos por causa do frio. A lotação também não esgotou no Parque de Campismo de Cerdeira, situado no Parque Nacional da Peneda-Gerês, em Terras de Bouro, classificado com três estrelas.

Com PAULO JULIÃO, Viana do Castelo e SUSANA PINHEIRO, Braga

DN, 3-8-2008
 
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